Angola: Vigilância pode evitar genocídio na RCA, diz Presidente interina

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A Presidente Interina da República Centro-Africana, Catherine Samba-Panza, disse hoje, quarta-feira, em Luanda, que os centro-africanos têm de estar vigilantes para evitar que surjam prenúncios de genocídio no seu país.

Catherine Samba-Panza falava em conferência de imprensa, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, no termo da visita oficial de 48 horas que efectuou a Angola, no âmbito do reforço da cooperação bilateral.

“Não temos uma situação de genocídio, mas a situação prevalecente é realmente preocupante, por isso estamos a lutar para levar a segurança a toda a população, não importando a sua religião”, revelou.

Para a Presidente, a sua visita a Angola a convite do Presidente da República é prova da atenção especial de Eduardo dos Santos à situação vigente no seu país.

Adiantou que como Angola e a RCA são membros da Comunidade Económica dos Estados da África Central e também da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, os países membros destas instituições preocupam-se com a situação que assola um dos membros.

Assim, “disse ao Presidente angolano, nas vestes de Presidente da Conferência dos Grandes Lagos, que o meu país se encontra numa situação de segurança muito preocupante, com violações massivas dos direitos humanos e também com uma situação humanitária muito precária, tendo em conta os acontecimentos que têm lugar neste momento”.

Referiu que ainda há muito por se fazer, mas já houve uma evolução, apenas não se conseguirá resolver num mês os problemas que o país acarreta há 20 anos, e, apesar de existirem ainda focos de violência, de maneira geral, a situação está controlada.

Considerou, por isso, que o seu país está honrado pelo interesse que o Presidente Dos Santos dedica à população centro-africana.

“Durante esta visita de trabalho, fizemos o roteiro das questões ligadas às matérias de cooperação em todos os domínios, mas particularmente no domínio da segurança, no domínio humanitário e também do apoio financeiro, que culminou com a assinatura de vários acordos”, lembrou.

Para a Presidente de Transição da República Centro-Africana, estes acordos visam reforçar a cooperação entre os dois países e tendem a apoiar o governo que dirige a melhorar o seu trabalho.

Sobre os apoios da comunidade internacional, Catherine Samba informou que, sem os mesmos, o país estaria numa situação mais caótica.

De acordo com a Estadista, foi importante poder chamar a atenção a tempo, da comunidade internacional, sobre o que de facto decorria na RCA e receberam também muitos anúncios de apoio nos domínios  humanitário e segurança. Esses anúncios já estão a se concretizar.

“Mas temos muitas necessidades, estou a contar muito mais com o apoio dos meus irmãos africanos, por isso vim a Angola de quem recebi um apoio muito caloroso e com Angola planificamos muitos apoios”, frisou.

Acompanharam Catherine Samba-Panza nesta visita a Angola os Ministros dos Negócios Estrangeiros, da Integração Africana e da Francofonia, dos Transportes e da Aviação Civil, da Comunicação e da Reconciliação Nacional, assim como o ministro de Estado Conselheiro Especial da Presidente de transição.

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