Angolana Josefa Sacko distinguida na Bélgica

COMISSÁRIA DA UNIÃO AFRICANA PARA A ECONOMIA RURAL E AGRICULTURA, JOSEFA SACKO FOTO: NELSON MALAMBA

COMISSÁRIA DA UNIÃO AFRICANA PARA A ECONOMIA RURAL E AGRICULTURA, JOSEFA SACKO
FOTO: NELSON MALAMBA

17 Novembro de 2019 | 17h29 – Actualizado em 17 Novembro de 2019 | 19h17

A Comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana, Josefa Sacko, foi distinguida com o Prémio Reconhecimento, pelo Fórum Crans Montano, que teve lugar de 14 a 16 deste mês, em Bruxelas (Bélgica).

Durante o evento, que decorreu sob o lema sob o lema “A mulher africana. Portadora de valores universais, um modelo para a juventude e para o mundo”, foi também distinguida a cabo-verdiana Maria Helena Semedo, directora geral- adjunta da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

Ainda este ano, Josefa Sacko figurou da lista inaugural das 100 Mulheres Africanas Mais Influentes em 2019, anunciada pela Avance Media, empresa líder em relações públicas.

A diplomata já havia sido eleita, também este ano, em Londres, uma das 100 Pessoas Mais Influentes na Política Climática em 2019, pela “Apolitical”, plataforma internacional de pares que apoia esforços tendentes a influenciar a política climática no mundo.

Desta vez, a comissária angolana recebeu prémio pelo seu papel e dedicação na promoção da agricultura familiar, sobretudo a causa da mulher rural.

Já a directora-geral-adjunta da FAO recebeu o prémio pelo seu papel ligado à questão da segurança alimentar e nutricional.

O prémio é atribuído a dignitários que se dedicam em causas que ajudam a transformar a vida das populações mais vulneráveis a nível global.

“Dedico este prémio a todas as mulheres rurais do continente Africano”, disse Josefa Sacko.

Para a comissária da União Africana, a mulher rural é a garantia da segurança alimentar, visto que produz 80 por cento dos alimentos consumidos no continente africano.

Segundo Josefa Sacko, o futuro do continente africano passa igualmente pelo acesso de mulheres aos postos estratégicos da economia e da indústria.

Para Sacko, autonomizar as mulheres rurais é uma forma de contribuir para a segurança alimentar e nutrucional, reduzir a pobreza, melhorar a renda e o bem-estar das famílias.

“Lançamos a campanha de mecanização para modernização da agricultura, para aliviar o sofrimento do trabalho árduo que a mulher rural desempenha ao longo de décadas”, disse, lembrando que nesta era de ciências, tecnologia e inovação deve trabalhar-se para modernizar a agricultura, pois só assim poderá atrair jovens para este sector.

Entre os vários temas do Fórum Crans Montano, um painel foi dedicado ao empoderamento das mulheres rurais africanas, bem como o papel estratégico das mulheres para enfrentar os desafios do desenvolvimento do agro-negócio em África.

Presente no evento, a embaixatriz Alda Chikoti aproveitou a ocasião para valorizar o empenho das mulheres em todas as áreas do saber.

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