Autoridades travam tráfico de madeira
Os fiscais do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) no Namibe apreenderam sábado, em Moçâmedes, 1.880 toros de madeira, equivalentes a 540 metros cúbicos, provenientes do Cuando Cubano, em cumprimento de um instrutivo do Ministério da Agricultura e Florestas que proíbe o corte, circulação e transportação da matéria-prima em todo o território nacional, revelou o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) no Namibe.
André Marcelino disse à Angop que a madeira foi apreendida na estação do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes e deveria ser exportada pelo Porto do Namibe para a China, principal destino do contrabando.
Indicou que, tal como noutras províncias, no Namibe, as autoridades accionaram todos os mecanismos para tornar efectivo o cumprimento deste instrutivo governamental.
O Namibe é o principal ponto de passagem da madeira extraída ilegalmente no Sul de Angola para a Ásia, uma prática que conta com a colaboração de cidadãos estrangeiros, sobretudo chineses, e angolanos detentores de licenças de exploração.
“Vamos continuar a apertar o cerco a todos os infractores, sendo que o Namibe tem servido de ponto de exportação de madeira através do seu porto comercial”, salientou o oficial da Polícia.
Desde que começou a vigorar essa medida, multiplicam-se as apreensões de camiões transportando elevadas quantidades de madeira em todo o país pelos fiscais do IDF, emcolaboração com os efectivos da Polícia Nacional.
Na sexta-feira, 36 camiões carregados de madeira provenientes do Cuando Cubando e Huambo foram apreendidos em Waku Kungu (Cuanza-Sul), quando iam alcançar Luanda ou Porto do Lobito para exportar para a China.
Um dia depois, em mais uma acção dos fiscais do IDF em colaboração com as forças da Polícia Nacional, foram apreendidas no território da província do Huambo 160 metros cúbicos de madeira da espécie mussivi – considerada preciosa – proveniente do Cuando Cubango e que tinha, igualmente, como destino o Porto do Lobito.
As autoridades das províncias angolanas com mais recursos florestais disponíveis – Cabinda, Huambo e Cuando Cubando -, queixam-se frequentemente da falta de fiscais para cobrir os vastos territórios em que se desenrola a acção dos madeireiros ilegais.