Banco Mundial apoia economia com 500 milhões

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

O ministro das Finanças e o governador do Banco Nacional de Angola (BNA) obtiveram em Lima, Peru, onde estão desde domingo, uma manifestação de interesse do Banco Mundial (BM) ajudar Angola a acelerar a diversificação da economia.

O Ministério das Finanças, que concluiu uma negociação para obter 500 milhões de dólares (67.950 milhões de kwanzas) do Banco Mundial em Setembro, negoceia agora os termos de uma garantia para mobilizar emprestimos comerciais na banca estrangeira.
Num encontro com a vice-presidente do Banco Mundial para a Tesouraria, Arrumna Oteh, o  ministro das Finanças, Armando Manuel, e o governador do BNA, José Pedro de Morais, que participam em Lima na reunião anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), prestaram informações sobre a evolução da economia angolana depois da queda dos preços do petróleo.
As discussões envolveram temas como as opções de política fiscal, monetária e cambial em curso para mitigar os efeitos decorrentes da baixa do preço do petróleo.
Armando Manuel, que falou da estratégia de financiamento em curso, salientou o acesso a fundos externos e a captação de outros no mercado doméstico mediante a emissão de obrigações do tesouro em divisas, um instrumento complementar à perspectiva de emissão futura dos títulos de divida soberana no mercado internacional. Arrumna Oteh anunciou projectos conjuntos, particularmente com os países exportadores de petróleo e de outras matérias-primas cujos preços estão em queda e que têm impacto directo nas metas de crescimento económico.
A responsável do Banco Mundial  manifestou o interesse da organização em “apoiar a aceleração da diversificação económica” angolana e a disponibilidade da formação de quadros do BNA em gestão das Reservas Internacionais Liquidas e do Ministério das Finanças nas melhores práticas de condução de uma estratégia de gestão da dívida soberana.
Armando Manuel declarou que apesar da companhia de notação Fitch ter ajustado o rating de Angola para B+, a agência manteve o perfil “estável” fruto da solidez das medidas de política económica adoptadas para mitigar os efeitos associados à baixa do preço do petróleo. A vice-presidente do Banco Mundial para a Tesouraria, reputada especialista em mercados financeiros, foi nomeada recentemente para o posto, o que converge com a recomendação dos governadores africanos da instituição tomada numa reunião realizada em Luanda durante o mês de Setembro, de ver acrescido o número de profissionais do continente em posições de gestão do Grupo do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

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