Bélgica saúda a diminuição do contrabando de diamantes
O ministro belga dos Negócios Estrangeiros, Didier Reynders, congratulou-se com a diminuição do comércio ilegal de diamantes de 15 para 0,2 por cento desde a instauração do Processo de Kimberley (PK) em 2002.
Num comunicado publicado em Bruxelas, o chefe da diplomacia belga sublinhou que o seu país, durante a presidência europeia em exercício do PK, pretende defender uma abordagem duradoura e responsável, dando uma atenção particular neste sentido à África.
Durante o mandato, a Bélgica vai exigir a aplicação das conclusões da African Diamond Conference (conferência africana de diamantes), organizada em Novembro último em Bruxelas, por iniciativa do Governo belga, acrescentou Reynders.
Este encontro, frisou, foi organizado principalmente porque a cidade belga de Antuérpia representa o maior centro de comércio de diamante bruto, com 84 por cento do comércio mundial deste recurso.
A Bélgica vai velar pela aplicação estrita das regras fixadas pelo PK, bem como dos princípios de eficácia e transparência que exigem a luta contra o comércio ilegal de diamantes que fomenta conflitos armados em África, prometeu o diplomata belga.
Assim, prosseguiu, os diamantes provenientes da Re-pública Centro-Africana estão proibidos da venda no mundo pelo PK, devido aos conflitos que continuam entre grupos rivais naquele país.
A União Europeia (UE) assume, desde 1 de Janeiro, a presidência em exercício do PK, plataforma internacional a que aderiram 91 países e organizações, como as Nações Unidas e a UE, para combater o comércio ilícito de diamantes no mundo que permite a organizações criminosas adquirirem armas.
Angola foi dos países que lideraram a instituição do PK, chegando mesmo a exercer a presidência rotativa da organização e a orientar importantes processos como o da admissão da República Centro-Africana.