Cimeira em Luanda dos Grandes Lagos

Fotografia: Rogerio Tuti

Fotografia: Rogerio Tuti

A cidade de Luanda acolhe em Fevereiro mais uma Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).

Os líderes regionais vão fazer o balanço do mandato de Angola e debater a continuidade do Presidente José Eduardo dos Santos à frente da organização, anunciou quinta-feira o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti. O governante angolano fez estas declarações à Angop no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, a propósito do pedido dos Estados membros da CIRGL para que o Presidente José Eduardo dos Santos continue a liderar esta organização internacional.
Georges Chikoti disse que, após a convocação, o encontro está a ser preparado a vários níveis, de modo a avaliar o desempenho de Angola.
Além deste aspecto, a cimeira vai tratar de questões ligadas aos conflitos que afectam a região, nomeadamente,no Sudão do Sul, Burundi, República Centro Africana e República Democrática do Congo, bem como eleger o novo secretário-executivo e respectivo adjunto.O Quénia vai concorrer ao cargo de secretário-executivo.
No quadro da cimeira, serão realizadas reuniões preparatórias de peritos dos Ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, dos chefes de Estado-Maior das Forças Armadas e do Comité de Embaixadores dos países membros da CIRGL. Esta semana o ministro Georges Chikoti esteve no Quénia e na Tanzânia a participar em reuniões sobre a situação do Burundi. De acordo com o ministro, a análise feita ao assunto mostrou aspectos internos e externos que devem ser acautelados para que a estabilidade reine no país.
O ministro informou que o assunto vai ser debatido na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CIRGL, assim como no próximo Conselho de Ministros da Conferência dos Estados da África Oriental, instituição integrada pelo Quénia, Tanzânia, Uganda, Ruanda e Burundi. Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores precisa que os participantes na reunião consultiva realizada em Arusha (Tanzânia)abordaram com apreço a situação no Burundi e exprimiram o seu apoio pelos passos dados, sobretudo, pelos países da África Oriental, pela União Africana e pelas Nações Unidas e pelas posições assumidas durante as cimeiras de emergência realizadas pelos Estados da África Oriental.
Os participantes realçaram as posições tomadas pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana e destacaram a declaração feita pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. No comunicado final da reunião de Arusha, os participantes manifestaram apoio aos esforços de facilitação empreendidos pelo Presidente Yoweri Museveni e vincaram que o diálogo previsto para quarta-feira não se realizou devido às consultas em curso.Os participantes comprometeram-se em intensificar as consultas com o Governo do Burundi e com a oposição para a retomada do diálogo político no Burundi o mais breve possível.
A reunião de Arusha foi uma sequência das acções de acompanhamento sobre o relançamento do diálogo em Kampala realizadas pelo Presidente Yoweri Museveni no dia 28 de Dezembro, na qualidade de facilitador do diálogo no Burundi.
Além de Georges Chikoti, estiveram presentes no encontro de Arusha o ministro da Defesa do Uganda e representante do Presidente Yoweri Museveni, Richard Sezibera, o secretário-geral Conferência dos Estados da África Oriental, Kassimi Bamba, e diplomatas do Escritório da União Africana no Burundi e na Região dos Grandes Lagos.
A Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos foi criada após os conflitos políticos que marcaram a região em 1994. A sua criação marcou o reconhecimento da dimensão do conflito e a necessidade de um esforço conjugado destinado a promover a paz e o desenvolvimento na região.

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