Cimento – Um marco de industrialização
Com uma produção diária de cinco mil toneladas, a Fábrica de Cimento do Cuanza Sul (FCCS) constitui um importante marco local no processo de industrialização de Angola.
Erguido na localidade de Cuacra, no município do Sumbe, o complexo fabril detém a marca de cimento “Yetu”. Teve o desenvolvimento de 2003 a 2014, ano em que deu início à produção, com a criação de 1.500 novos postos de trabalho.
O complexo fabril é composto por uma unidade de clinker, central térmica, fábrica de sacos, armazenamento de combustíveis e uma vasta área de concessão mineira, donde é extraída a matéria-prima para o fabrico do cimento.
O cimento “Yetu” é 100 porcento angolano, porque os produtos que concorrem para a produção do clinker e do mesmo são extraídos do país.
A FCCS adquire o ferro a partir das minas de Cassinga e Jamba, na Huíla, enquanto o calcário, a argila, a areia e o gesso se produzem no Sumbe, num perímetro de 10 a 15 quilómetros do local onde está instalada a infra-estrutura.
A fábrica explora uma área de 14 mil hectares de calcário e argila, tem uma capacidade instalada de produção do clinker de 1.400.000 toneladas anualmente, o que permite a produção diária de cinco mil toneladas de cimento e um milhão e meio por ano.
O processo de fabrico de cimento começa pelo clinker. Este é composto por 85 porcento de calcário, 14 de argila, um de ferro e meio de areia, mistura queimada a 1.400 graus.
Já na fase de produção, são utilizados 83 porcento de clinker, cinco de gesso e 12 de calcário, mistura da qual resulta o cimento.
A média de venda mensal ronda os 40 a 45 porcento da produção global, com a expedição de 1.800 a 2.000 toneladas.
No concernente à exportação, a FCCS já comercializa o cimento na República Democrática do Congo, através da fronteira do Luvo, embora em quantidades ainda irrisórias, pois a transportação é feita por camiões, e devido aos custos que isto acarreta.
Em carteira, está a opção pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela, uma via mais segura e menos onerosa, para fazer chegar o produto à República Democrática do Congo e à Zâmbia.