Desmentido da Sonangol

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

A administração da Sonangol, liderada pela engenheira Isabel dos Santos, desmentiu ontem que tenham sido detectadas pelo comité de reestruturação imparidades na empresa no valor de 50 mil milhões de dólares, como foi noticiado pelo jornal angolano “Valor Económico” e replicado ontem pela imprensa internacional.

Num comunicado distribuído à imprensa, a administração da Sonangol “desmente categoricamente” a notícia sobre a existência de imparidades e que a avaliação feita pelo Comité de Reestruturação tenha detectado discrepâncias entre os fundos recebidos e investidos pela petrolífera.
O documento sublinha que o trabalho do Comité de Avaliação e Análise para o Aumento da Eficiência do Sector Petrolífero teve como objectivo identificar novas formas de organização para “tornar o sector competitivo e atractivo para os operadores internacionais”, em linha com as melhores práticas de governação internacionais, bem como melhorar o desempenho da Sonangol, e que não efectuou qualquer análise financeira detalhada da empresa. “Adicionalmente, pretendeu-se identificar formas de se estabelecer capacidade de produção interna, de apoio à indústria petrolífera em Angola, reduzindo por esta via as importações e custos produtivos”, lê-se no documento.
O comunicado esclarece que coube ao Comité fazer o diagnóstico do sector, desenvolver modelos organizacionais alternativos tendo em vista aumentar a transparência, identificar oportunidades operacionais, quantificar o potencial de melhoria e desenhar possíveis modelos de implementação.
“O Comité não efectuou qualquer análise financeira detalhada, pelo que é absolutamente falso e descabido o teor da notícia veiculada pelos órgãos de comunicação social”, enfatiza o comunicado.
Na segunda-feira, depois de tomar posse como presidente do conselho de administração e administradora não executiva da Sonangol, Isabel dos Santos explicou que o modelo de reestruturação da Sonangol prevê a criação de uma “holding” operacional, outra de apoio e serviços logísticos e a função concessionária do sector petrolífero.

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