Diálogo com Washington

Fotografia: Kindala Manuel

Fotografia: Kindala Manuel

O ministro das Relações Exteriores discute hoje, em Washington, com o secretário norte-americano de Estado questões sobre segurança marítima, operações de manutenção de paz e comércio, entre outras da agenda de 2015 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O encontro realiza-se no âmbito do Diálogo de Parceria Estratégica entre os dois países. O Georges Chikoti tem igualmente encontros com a secretária de Estado Assistente para os Assuntos Africanos, Linda Thomas Greenfield, e com o enviado especial dos EUA para a Região dos Grandes Lagos, Russell Feingold.
Angola foi eleita em Outubro deste ano, pela segunda vez, para o Conselho de Segurança das Nações Unidas por um período de dois anos. O mandato começa a 1 de Janeiro e termina a 31 de Dezembro de 2016.
Os 193 membros da Assembleia-Geral das Nações Unidas elegeram Angola com 190 votos, a Venezuela com 181, a Malásia com 187 e a Nova Zelândia com 145. A eleição de Angola, que precisava apenas de dois terços dos votos (128), não foi surpresa, uma vez que era o único concorrente ao lugar destinado a África.
A Venezuela ocupou sem oposição o lugar para a América Latina e Caraíbas, enquanto a Malásia não teve rivais para o assento da Ásia-Pacífico.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas tem 15 membros, dos quais 10 são eleitos rotativamente para mandatos de dois anos. Os restantes são os EUA, Rússia, Reino Unido, França e China, que detêm o estatuto de Membros Permanentes, com lugar garantido e direito de veto sobre todas as decisões do Conselho.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, elogiou em Maio durante a visita que fez a Angola a liderança do Presidente José Eduardo dos Santos na procura da estabilidade na região dos Grandes Lagos.
“Estou muito grato, assim como o Presidente Barack Obama, pela importante liderança do Presidente José Eduardo dos Santos à frente da conferência dos Grandes Lagos”, disse. Esta liderança, sublinhou, está a fazer diferença ao proporcionar a oportunidade de estabilidade e paz.
John Kerry referiu na mesma altura que Angola e os EUA alargaram o leque de temas de interesse e que encontrou pontos comuns com o homólogo angolano, Georges Chikoti, “não apenas na economia, mas igualmente a nível da segurança na região e noutras questões regionais”.
Também anunciou que o Departamento do Comércio dos EUA ia abrir um escritório em Luanda para facilitar as trocas comerciais e enquanto o Departamento de Estado continua a apoiar as relações económicas com Angola. O Governo norte-americano enviou a Angola a secretária de Estado Assistente para os Assuntos Africanos, Linda Thomas-Greenfield e o enviado especial de Barack Obama para a região dos Grandes Lagos, Russell Feingold, com a finalidade de fomentar as relações bilaterais e multilaterais entre os dois países.
Os dois países procuram reforçar e diversificar a cooperação nos domínios agrícola, comercial e industrial.  Angola é o terceiro maior parceiro comercial dos EUA na África subsariana. Em 2013, as importações norte-americanas, com o petróleo a ter um grande peso, atingiram 8,7 mil milhões de dólares.

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