Dinheiro da China estimula emprego

Fotografia: Santos Pedro

Fotografia: Santos Pedro

A Linha de Crédito da China (LCC) a Angola vai financiar 155 projectos com 5,2 mil milhões de dólares, permitindo a criação de 365.000 empregos, revela o plano operacional do Governo.

O sector da energia e águas é o mais beneficiado, com um montante de 2.174.238.412 dólares destinados a 34 projectos. Neste sector, só o projecto de reabilitação e reforço do sistema de abastecimento de água na província de Cabinda, no decurso de 18 meses, vai custar 209 milhões de dólares e gerar, na previsão do Governo angolano, 42.421 empregos.
O sector da construção apresentou 33 projectos, no montante de 1.644.282.124 dólares. O sector da educação é o que concentra o maior número de projectos, com 55, destinados na maioria à construção de escolas, num investimento de 373.348.412 dólares.
A província de Luanda atrai cerca de um quinto do total do investimento, com 1.026 milhões de dólares aplicados em 18 projectos, seguida do Huambo, com 776 milhões de dólares e 12 projectos.
O documento é acompanhado de uma lista de 37 empresas chinesas “recomendadas para o mercado angolano”, ao abrigo da LCC.
Apesar de executados por empresas chinesas, o Governo garantiu anteriormente que estes projectos têm também uma incorporação maior de materiais e empresas nacionais, face às linhas de crédito anteriores. O Governo anunciou a 15 de Outubro que o acordo estabelecido com a China em Junho previa a atribuição a Angola de um crédito a rondar os seis mil milhões de dólares, a aplicar em investimento público.
A informação foi prestada na Assembleia Nacional pelo vice-presidente, Manuel Vicente, em representação do Chefe de Estado, na mensagem anual sobre o estado da nação. “Contraíram-se também créditos à China no valor de aproximadamente seis mil milhões de dólares, destinados a investimento público nos domínios da educação, saúde, água, energia eléctrica e estradas, tendo sido já aprovado pelo Executivo o plano operacional para assegurar a execução de projectos identificados em 2016 e em 2017”, disse Manuel Vicente.

FacebookTwitterGoogle+