Diplomata chinês elogia medidas para saída da crise

Fotografia: Paulo Mulaza

Fotografia: Paulo Mulaza

O embaixador da China elogiou ontem a forma activa como Angola reagiu ao impacto adverso causado pela queda dos preços das matérias-primas, principalmente o petróleo no mercado internacional e garantiu o apoio do seu país para ultrapassar as dificuldades económicas e promover o desenvolvimento sustentado.

Em declarações na cerimónia comemorativa dos 67 anos da proclamação da República Popular da China, que se assinala a 1 de Outubro, Cui Aimin lembrou que no mundo estão a acontecer transformações e reformas profundas e sem precedentes, colocando todos os países à prova real de como se adaptar à evolução da situação e alcançar um melhor desenvolvimento.
O diplomata afirmou que, sob a forte liderança do Presidente José Eduardo dos Santos, o Governo angolano tomou medidas de vários aspectos para estabilizar a situação macroeconómica, acelerar com ímpeto o processo da diversificação económica, salvaguardar com determinação a estabilidade política e social, arrancar com sucesso o processo das eleições gerais de 2017, além de praticar actividades diplomáticas multifacetadas.
“Elogiamos os esforços feitos por Angola para salvaguardar a paz, estabilidade e o seu desenvolvimento e da região”, disse, manifestando a confiança de que o Governo e o povo angolano vão manter-se unidos para vencer os desafios e dificuldades e retomar o caminho da recuperação e desenvolvimento económico. Cui Aimin afirmou que os dois países estão a implementar os consensos estabelecidos pelos Presidentes Xi Jinping e José Eduardo dos Santos, explorando com robustez as cooperações de vários sectores.
O diplomata garantiu que o novo círculo da cooperação de financiamento em grande escala entre os dois países já arrancou e que várias dezenas de projectos de infra-estrutura e de subsistência já começaram a ser implementados, o que favorecerá positivamente o desenvolvimento económico de Angola e a melhoria do bem-estar da população. Como exemplo das boas relações entre os dois países, o diplomata destacou a inauguração há duas semanas do primeiro Instituto Confúcio em Angola, que tem como objectivo leccionar a língua chinesa e conhecimentos sobre a cultura da China.
A estrutura conta com salas de conferências e eventos, salas de aula, laboratórios de línguas nacionais de Angola, biblioteca e anfiteatro, fornecendo uma plataforma ampla de aprendizagem da língua chinesa, de trocas culturais entre os dois países e entre docentes e estudantes da Universidade Agostinho Neto.

Banco da China em Luanda

As autoridades chinesas preparam, para breve, a abertura em Luanda da sucursal do Banco da China, para apoiar o comércio entre os dois países. Apesar de não avançar a data, o embaixador anunciou, igualmente, a realização em Luanda do Fórum de Investimento China-Angola e que já foram inscritas várias dezenas de empresas chinesas para a participação.
“O bom desenvolvimento da cooperação sino-angolana é inseparável da participação e apoio das empresas dos dois países”, disse o diplomata, satisfeito pelas “políticas abertas e inclusivas adoptadas pelo Governo angolano, no âmbito da cooperação externa, e pelos seus esforços de criar um ambiente e condições favoráveis para os investidores chineses e de todos os países poderem investir e operar em Angola”. O diplomata afirmou que o Governo chinês vai continuar a apoiar e incentivar as empresas chinesas a esforçarem-se para ultrapassar as dificuldades e resolver os problemas surgidos no caminho do avanço, com visão de desenvolvimento e medidas de inovação.
“As empresas chinesas em Angola vão continuar a consolidar a confiança e adaptar-se à transformação e reforma da economia angolana, além de participarem activamente no processo da diversificação da economia angolana e assegurar a localização e internacionalização de negócios”, disse, sem esquecer o cumprimento, com seriedade, das responsabilidades sociais.

Cooperação positiva

Presente na cerimónia, a secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, declarou que as relações com a China são bastante positivas e vão contribuir para a criação de bases para a diversificação da economia angolana.
A secretária de Estado elogiou o facto de existir uma cooperação definida ao mais alto nível como estratégica e que é, sobretudo, supervisionada pelos Presidentes dos dois países. Ângela Bragança sublinhou que a cooperação é forte no domínio das infra-estruturas, energia, educação e saúde, bem como na formação de quadros, que “pode ser quantificada porque os resultados são visíveis”.

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