Diplomata destaca apoio de Angola na pacificação da RCA
Angola sempre acompanhou, com particular atenção, a situação na República Centro-Africana e tem prestado o seu apoio ao Processo de Paz e de Reconciliação em curso, quer a nível bilateral, quer a nível multilateral.
11 Outubro de 2019 | 17h58 – Actualizado em 11 Outubro de 2019 | 17h58
O facto foi realçado, hoje, sexta-feira, pelo representante Permanente de Angola junto da União Africana (UA), Francisco da Cruz, que intervinha numa sessão do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA sobre a RCA, tendo considrado fundamental a paz naquele país, para a estabilidade na sub-região.
O diplomata, igualmente Embaixador na Etiópia e Representante Permanente junto da Comissão Económica das Nações Unidas para África, declarou que Angola louva os esforços dos actores nacionais, com vista à implementação plena do Acordo de Paz, tornando-se crucial que as eleições tenham lugar nas datas previstas (2021) e em condições que tragam credibilidade e conforto a todos os envolvidos no processo.
Além dos 15 estados membros do CPS, participaram na sessão o Secretário-geral adjunto da ONU para Operações de Manutenção de Paz, Jean Pierre Lacroux, o Comissário para a Paz e Segurança da UA, Smail Chergui, a Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas junto da UA, Hanna Tetteh, entre outros diplomatas.
Na RCA foi assinado, a 6 de Fevereiro, um Acordo de Paz entre o Presidente Faustin Archange Touadera e os líderes de 14 grupos armados, para pôr fim à crise política, que se instalou desde 2013.
Em Agosto realizou-se em Bangui, capital da RCA, uma reunião de balanço dos seis primeiros meses do acordo, com participação dos signatários (Governo e 14 Grupos armados), Garantes (UA e CEEAC), facilitadores e parceiros internacionais, com destaque para a Missão Multidisciplinar da ONU de apoio à RCA (MINUSCA).
Presidiu a esse encontro o Representante Especial do Presidente da Comissão da União Africana para a RCA, o diplomata angolano Matias Bertino Matondo, que chamou atenção para a necessidade de se promover a confiança entre as partes signatárias do acordo, e, mais especificamente, na condução do Desarmamento, Desmobilização, Reintegração e Repatriamento (DDRR), um dos aspectos centrais do processo de paz na RCA.