Empresários africanos analisam viabilidade da Zona de Livre Comércio

UNIÃO AFRICANA ACOLHE EMPRESÁRIOS NA DISCUSSÃO DO COMÉRCIO LIVRE

UNIÃO AFRICANA ACOLHE EMPRESÁRIOS NA DISCUSSÃO DO COMÉRCIO LIVRE

20 Março de 2018 | 08h55 – Actualizado em 20 Março de 2018 | 10h59

Mais de duas centenas de empresários, incluindo o angolano Agostinho Kapaia, participam hoje, em Kigali, no Fórum Económico para, com alguns chefes de Estado Africanos, analisarem a viabilidade da implementação da Zona de Livre Comércio Continental.

Os empresários vão para o encontro na perspectiva de verem satisfeitas as necessidades da livre circulação, facilidades de transportação de mercadorias, sobretudo por via área, levantamento de barreiras migratórias e aduaneiras, assim com a criação do fundo da organização,

O ponto de vista dos empresários deverá influenciar definitivamente os chefes de estados africanos a proclamar, nesta quarta-feira (21), a Zona de Livre Comércio que ditará um “marco histórico” na relação de África com as principais poténcias económicas do mundo.

Segunda-feira, o ministro angolano do Comércio, Jofre Júnior, disse que os empresários africanos deveriam “encontrar caminhos e forma” para investimentos sustentados no continente, isto é, nos “países africanos uns aos outros”.

O presidente da Comissão Africana, Moussa Fakir Mahamat, afirmou que a livre circulação de pessoas e bens, o passaporte africano, bem como os grandes projectos de infra-estruturas regionais e continental, conforme articulado nos programas de desenvolvimento em África, são pilares da Zona de Livre Comércio Continental.

Para o responsável, que falava segunda-feira na abertura do Conselho Executivo da União Africana, a Zona de Livre Comércio Continental terá a função da promoção de desenvolvimento económico para permitir a criação de empregos e oportunidade para os jovens.

Indicou que o sucesso da Zona de Livre Comércio vai-se traduzir na criação de mercado de mais de um bilião de pessoas, com um PIB combinado de cerca de três triliões de dólares.

O responsável não escondeu a sua preocupação sobre as indefinições de certos países em relação à zona, aos quais questionou: “Será que vamos perder e esperar ainda mais? Será que vamos correr o risco colectivo ou individual de indeferir, ainda mais, a implementação desta iniciativa, numa altura em que algumas coisas já se consolidam e se coligam para a defesa dos interesses comuns?

Respondendo a si próprio, sublinhou não haver outra alternativa senão avançar e vencer o medo, reafirmar a soberania africana e transmitir ao mundo a imagem de uma África unida.

Pediu para que as diferenças entre os africanos “não devem perder de vista o interesse geral”, alertando para o facto de os adversários e concorrentes do continente estarem apreensivos com o sucesso de África.

O Fórum Económico é a última actividade que antecede a X Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado da União Africana para proclamação da Zona de Livre Comércio.

O Presidente de Angola, João Lourenço, chega hoje a Kigali, a fim de participar na Cimeira.

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