ENI INVESTE EM BIOCOMBUSTÍVEIS EM ANGOLA

Pr Recebe em audiência Claudio Descalzi da Eni

A petrolífera italiana ENI propõe-se a investir, em Angola, entre 100 a 150 milhões de dólares, na construção de 35 pólos agrícolas para a produção de cereais destinados a obtenção de biocombustível.

O gestor da petrolífera italiana, Claudio Descalzi, anunciou nesta segunda-feira à imprensa, no final de um encontro com o Presidente da República, João Lourenço, que nos próximos cinco anos, a ENI vai investir, de preferência, em terrenos que não estejam em conflito com as necessidades alimentares dos angolanos.

Revelou que os cereais vão alimentar as biorrefinarias italianas, que têm capacidade anual de produção de 1.1 mil milhões de toneladas de biocombustível.

Claudio Descalzi crê que nos próximos três anos seja adicionada, a capacidade destas refinarias, para mais um milhão de toneladas de combustível.

Informou que, nos referidos terrenos agrícolas será produzida a Mamona, cereal resistente às intempéries, e apropriado para este tipo de combustível.

O líder da petrolífera italiana manifestou intenção de construir uma biorrefinaria em Angola, sem adiantar prazos.

Biocombustíveis são fontes de energia renováveis, produzidas a partir de matéria orgânica de origem animal ou vegetal (eucalipto, cana-de-açúcar, mamona).

Antes do encontro com o Chefe de Estado, a petrolífera italiana ENI, a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) e a Sonangol assinaram um acordo de cooperação para a produção de biocombustíveis, de forma a dinamizar o sector da transição energética.

O acordo, assinado no âmbito da Estratégia Nacional de Biocombustíveis, estabelece, dentre outros objectivos, metas e princípios  para a produção  de biocombustíveis em Angola, alinhados aos  compromissos assumidos internacionalmente, aquando da assinatura do Protocolo de Kyoto.

Adoptado em 1997, no Japão, o Protocolo de Kyoto  é um acordo mundial resultante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

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