Estado recupera terminais dos portos de Luanda e do Lobito

PORTO DE LUANDA (ARQUIVO)
FOTO: PEDRO PARENTE
31 Julho de 2019 | 10h31 – Actualizado em 31 Julho de 2019 | 13h12
O Serviço de Recuperação de Activos da Procuradoria Geral da República (PGR) anunciou a recuperação dos terminais dos portos de Luanda e do Lobito, que estavam sob gestão da empresa Soportos – Transporte e Descarga, SA.
A Soportos geria o terminal multiuso do Porto de Luanda, infra-estrutura portuária com uma área de 181 mil e 70 metros quadrados e com capacidade para movimentar anualmente dois milhões, 670 mil e 761 toneladas.
Além do equipamento para movimentar carga diversa, o terminal, que foi concessionado por um período de 20 anos a Soportos, possui um cais de 610 metros e uma profundidade de 12,5 metros.
Enquanto no Porto do Lobito, a Soportos assumiu a concessão do Terminal de Minérios, em 2017.
De acordo com o Jornal de Angola, o general “Kopelipa” fez a entrega dos bens, e a PGR entregou os terminais ao Porto de Luanda.
De igual modo, cita o diário, foi recuperado o Hotel Convenções de Talatona (HCTA), empreendimento público financiado pela Sonangol, mas que estava sob gestão de uma empresa privada.
A unidade hoteleira de 5 Estrelas custou mais de 200 milhões de dólares norte-americanos e, logo após o pagamento e construção, foi entregue para a exploração a uma empresa privada com bónus, à partida, de 12 milhões de dólares, e um contrato com traços danosos.
Noutro dossiê, o Presidente da República cancelou um contrato de limpeza do Palácio que custou ao Estado 70 milhões de dólares em dois anos.
A gestão do Palácio Presidencial e dos edifícios que fazem parte do seu complexo protocolar estava a cargo de uma empresa privada de gestores públicos.
A empresa Riverstone Oaks Corporation (ROC) assinou, em nome da SG Services-Lda, dois contratos relativos à gestão operacional e à manutenção preventiva do Palácio Presidencial.