Etiópia: Angola reafirma apoio às soluções negociadas para paz na RDC e RCA

Addis Abeba (Dos Enviados especiais) – Angola reafirmou hoje, quinta-feira, em Addis Abeba (Etiópia), o compromisso de intensificar esforços para avançar o processo político na República Democrática do Congo (RDC) e para uma solução negociada da crise na República Centro-Africana (RCA).

O posicionamento angolano foi evidenciado pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, quando intervinha na XXII Cimeira de Chefes de Estado e de governo da União Africana, cujos trabalhos terminam na sexta-feira.

Para Manuel Vicente, Angola, na qualidade de Presidente em exercício da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, compromete-se a intensificar esforços, em cooperação com os parceiros regionais, para fazer avançar o processo político na RDC.

Considerou deplorável a situação na República Centro-Africana e espera que a nova liderança trabalhe rapidamente para o restabelecimento da lei e da ordem.

Disse que Angola procurará envolver actores e instituições regionais para a construção de uma solução negociada que acautele os interesses do povo da RCA, e que providenciará ajuda humanitária para as populações afectadas pela guerra.

O Vice-Presidente da República considerou como “ainda sombria” a situação no continente, apesar de importantes avanços alcançados no Mali e em Madagáscar, pelo surgimento de novos conflitos, como no Sudão do Sul e na RCA.

Salientou que a situação actual no continente demonstra a “fragilidade das instituições nacionais e de muitos estados africanos e revela a fragilidade das soluções que vimos implementando, visando travar o ciclo de conflitos que periodicamente assolam o continente”.

Felicitou o povo malgaxe pela forma pacífica e ordeira como participou na escolha da sua nova liderança política e das suas instituições democráticas, processo que colocou o país na rota da normalização constitucional.

Espera que a readmissão de Madagáscar a membro da União Africana sirva de incentivo a outros estados (…) a acelerar o restabelecimento da ordem constitucional.

Augura que a Guiné-Bissau siga o exemplo e se ultrapassem os obstáculos ainda existentes e que as eleições não sejam vistas como um fim último.

Manuel Vicente disse ser urgente na Guiné-Bissau a cessação da interferência do sector militar no processo político e a sua reforma, como elemento fundamental para a estabilidade, para permitir a sua readmissão na União Africana.

FacebookTwitterGoogle+