EUA: Angola melhora ambiente de negócios

Mais de mil operações de crédito para o sector produtivo foram aprovadas em Angola, entre 2019 e 2022, no quadro da estratégia de melhoria do ambiente de negócios, informou, este domingo, em Washington, Estados Unidos da América, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.

Segundo o governante, que falava à imprensa, a propósito da Cimeira de Líderes EUA-África, a decorrer de 13 a 15 deste mês, em 2019, o país tinha apenas 30 a 40 operações de crédito para o sector produtivo, números que aumentaram, sobremaneira, em três anos.

“Nos últimos três anos, o país viu mais de três mil operações de crédito a serem aprovadas, num montante acima de dois mil milhões de dólares norte-americanos”, precisou o ministro.

De acordo com a fonte, Angola registou evolução na questão do acesso ao crédito para o sector produtivo, sublinhando que o país também conseguiu, no espaço de três anos, listar pelo menos três empresas na bolsa de valores, de um total de dez exigidas.

Entretanto, Mário Caetano João reconheceu que muito ainda deve ser feito para tornar o ambiente de negócios mais favorável em Angola, sublinhando, entretanto, que nessa altura o país já é mais atractivo para o investimento estrangeiro.

“Existe um apetite cada vez maior dos investidores estrangeiros”, disse, referindo-se ao mercado angolano, que quer contar, doravante, com o envolvimento de mais investidores norte-americanos.

A esse respeito, o ministro anunciou que Angola vai aproveitar a Cimeira EUA-África para encetar contactos com empresários norte-americanos, no sentido de atrair cada vez mais investidores.

“Vamos querer aproveitar o mercado dos Estados Unidos da América. Precisamos do agronegócio para ajudar-nos com a diversificação da economia e aqui podemos encontrar investidores que querem investir em projectos de raiz, já existentes, mas em fase de privatização, ou em projectos com partilhas de riscos com operadores locais”, disse.

Durante a reunião de cúpula, a decorrer de 13 a 15 deste mês, Angola vai procurar explorar várias engenharias, entre as quais a possibilidade de conseguir Parcerias Público-Privadas (PPP).

“As PPs não ficarão de lado. Os EUA têm uma experiência grande em parcerias público-privadas e nós temos já listados cerca de quatro projectos que gostaríamos de ver desenvolvidos”, rematou.

Mário Caetano João disse que a delegação angolana vem à Cimeira de Washington com uma ideia muito clara de como gostaria de ver o país a desenvolver, pelo que vai procurar fazer que os EUA tentem ver Angola como um parceiro económico importante.

Disse existir interesse de empresas norte-americanas para desenvolver negócios em Angola, outras estão a procurar parceiros.

“Temos uma promessa do Governos dos EUA de cerca de 2 mil milhões de USD para projectos fotovoltaicos, na diversificação das fontes de energia. Para isso, existem empresas americanas a negociar com o governo para que os projectos sejam implementados”, rematou.

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