EUA encorajam reformas em Angola

O Coordenador Presidencial Especial dos Estados Unidos da América, Amos Hochstein, considerou Angola um país crucial, pelo seu potencial económico e encorajou as reformas levadas a cabo pelo Executivo angolano.

Ao falar à imprensa no final de uma audiência que lhe foi concedida, esta quarta-feira, pelo Presidente João Lourenço, o alto funcionário americano sublinhou o papel do Estadista angolano nas reformas em curso no país e no processo de diversificação da economia.

Recebido na qualidade de enviado especial do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Amos Hochstein afirmou que a transição energética que o mundo vive é uma oportunidade também para África e Angola.

Ainda no sector económico, valorizou
o Corredor do Lobito (Benguela), tendo considerado uma infra-estrutura “bastante importante” na conexão entre alguns países  vizinhos de Angola sem acesso ao mar com o Porto do Lobito.

O Corredor do Lobito é formado pelo porto da mesma cidade e pelos Caminhos-de-Ferro de Benguela.

O percurso do corredor é a rota de exportação mais rápida para o cobre, cobalto e outros minérios para países como a Zâmbia e a República Democrática do Congo.

Quanto a outras questões regionais, Amos Hochstein afirmou que o seu país está “bastante agradecido”, pelo envolvimento do Presidente João Lourenço no processo de pacificação e estabilidade na Região dos Grandes Lagos.

Informou que durante o encontro com o Presidente angolano teve a oportunidade de discutir questões ligadas ao investimento em curso das empresas norte-americanas em Angola e a nível da África Austral e Central.

“A colaboração entre os Estados Unidos e Angola é excelente e vai continuar. Essa é a parceria que o Presidente (Joe) Biden deseja, especificamente, nas áreas de segurança, economia e comércio, para o desenvolvimento de Angola e da região”, sublinhou.

O alto funcionário americano realiza um périplo pelo continente para consolidar decisões da Cimeira EUA-ÁFRICA,  realizada em Dezembro último na capital dos EUA,  Washington.

Relações Angola e EUA

Angola e os Estados Unidos da América estabeleceram relações diplomáticas formais em 1993. O sector da energia está no centro das relações económicas entre ambos os países.

O Ex-ImBank americano dispõe de uma linha de crédito de apoio às exportações dos EUA para Angola.

A Câmara de Comércio Estados Unidos-Angola dedica-se à promoção do comércio e investimento entre os dois países.

Combate à corrupção

Os EUA apoiam Angola no combate à corrupção por meio de várias iniciativas, inclusive do programa do Departamento do Tesouro, lançado em Março de 2019, para aperfeiçoar a capacidade do país em implantar o regime de combate à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo (AML/CFT).

Cooperação económica

As companhias americanas possuem investimentos em Angola, especialmente no sector de energia, como a ExxonMobil, Halliburton, Baker Hughes, Caterpillar, Chevron, Cummins, TechnipFMC e Tidewater.

Em 2019, um consórcio liderado pela Chevron anunciou planos de investimentos de mais de dois mil milhões de dólares na exploração de novos campos marítimos de gás natural e o aumento da produção dos campos existentes.

O Ex–ImBank dos EUA assinou um Memorando de Entendimento com Angola, em Abril de 2019, com o objectivo de explorar garantias de até quatro mil milhões de dólares em apoio às exportações dos EUA para o país.

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