Embaixada de Angola alberga primeira reunião do Círculo de Reflexão Lusófona
O embaixador de Angola em Portugal, Assunção dos Anjos, considerou ontem, em Lisboa, que a actual globalização da economia para o desenvolvimento é um imperativo para os países pobres.
Assunção dos Anjos, que discursava na qualidade de presidente do Conselho Superior do Círculo de Reflexão Lusófona, uma associação sem fins lucrativos e integrada por membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Cplp), disse que tal pressuposto poderia, contudo, ser desenvolvido, independentemente do potencial de cada nação em matérias-primas.
Em relação à associação, cujo mandato de Angola será de um ano, o diplomata acredita que a mesma será, por vocação, um espaço privilegiado da sociedade civil, para o reforço dos laços de solidariedade e cooperação dos países membros da Cplp.
“Sempre foi nosso entendimento que as necessidades de cooperação nunca se deveriam esgotar a nível estatal, reconhecendo por isso o importante papel que cada sociedade civil poder desempenhar em complementaridade com os estados, nos diferentes processos de desenvolvimento”, frisou.
No entanto, para uma cooperação eficaz entre os estados membros, considerou ser importante que se proceda a uma preparação cuidada do planeamento, identificando-se metas e congregar-se esforços para a realização de acções comuns.
Durante a primeira reunião, em que intervieram também o presidente da direcção da referida associação, o professor Ernínio Lopes, e o secretário de Estado luso dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Cravinho, os membros procederam a aprovação do seu estatuto.
De acordo com o referido documento, o Círculo de Reflexão Lusófona – Associação – goza de personalidade jurídica e é dotada de autonomia administrativa e financeira, não governamental, com sede em Lisboa, tem como objectivo dinamizar relações de cooperação no âmbito da Cplp, através de actividades de ordem cultural, económica, social, empresarial e de solidariedade, visando o respectivo desenvolvimento.
Integram a Cplp, Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, Guiné-Bissau, São Tomé e Timor-leste.