Comitiva da Embaixada de Angola em Portugal convive com reclusos angolanos

Os cerca de cinquenta reclusos angolanos encarcerados por várias razões no estabelecimento Prisional de Caxias, em Lisboa, foram hoje agraciados com uma visita e um convívio músico-cultural, numa iniciativa do consulado-geral de Angola em Lisboa e sul de Portugal.

Durante as mais de quatro horas de um animado espectáculo e almoço, marcado pela vasta gastronomia nacional e de um animado espectáculo, abrilhantado pelas bandas Tropical Roots e os Garimpeiros, os presidiários conheceram momentos agradáveis, em que lhes foi transmitido toda a solidariedade e calor fraternal.

Na ocasião, a comitiva que foi encabeçada pelo Embaixador de Angola em Portugal, Assunção dos Anjos, acompanhado da Cônsul-Geral, Elizabeth Simbrão, a acção ainda enquadrada nas actividades alusivas as comemorações do 29º aniversário da independência nacional, assinalado no passado 11 de Novembro e também pela quadra festiva que se aproxima, foram ofertados cigarros, livros, camisolas, chapéus e credifones.

Na sua intervenção, o diplomata angolano considerou que as prisões dão ao homem uma noção real do valor da liberdade e, segundo ele, esta constatação somente é possível quando convivemos com aqueles que, no seu dia-a-dia, se confrontam com a realidade dessa restrição.

Por esta razão, Assunção dos Anjos manifestou, na oportunidade, a sua esperança de que só depois de cumpridas as penas a que cada um está sujeito, é que, finalmente, poderão readquirir a plenitude do direito de participar activamente na vida social, laboral, produtiva no país.

O diplomata exortou, contudo, os reclusos angolanos “a terem um comportamento digno, a aprender com os erros cometidos, a tirar lições que possam enriquecer o quotidiano”.

A Cônsul Geral, por seu turno, considerou que o gesto do seu pelouro, visa levar o gesto de solidariedade e o alento que ajudará a superar os dias mais difíceis que vivem os reclusos, na esperança de uma rápida reinserção na vida activa.

Emocionados com a significativa visita, o recluso Zolana Eduardo Sorcier, de 47 anos de idade, natural do Uíge, antigo jogador do Progresso Sambizanga, condenado há nove anos, tendo já cumprido dois anos e meio, por falsificação de documentos, manifestou, a sua esperança de sair em liberdade nos próximos tempos e logo depois regressar ao país para juntar-se a família.

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