Executivo proíbe corte de madeira

A partir de amanhã, está proibido, em todo o território nacional, o corte, circulação e transportação de madeira em toro e serrada. Um comunicado do Ministério da Agricultura e Florestas orienta, igualmente, a cessação da campanha de exploração florestal
Fotografia: Dombele Bernardo|Edições Novembro
A partir de amanhã, está proibido, em todo o território nacional, o corte, circulação e transportação de madeira em toro e serrada. Um comunicado do Ministério da Agricultura e Florestas orienta, igualmente, a cessação da campanha de exploração florestal.
O corte, circulação e transportação de madeira em toro e serrada, em todo território nacional, ficam proibidos a partir de amanhã. O aviso é do Ministério da Agricultura e Florestas que orienta igualmente a cessação da campanha de exploração florestal 2017.
Num comunicado, o Ministério da Agricultura informa que o incumprimento da decisão por parte dos operadores do sector florestal levará à apreensão e confisco, a favor do Estado, do produto e dos meios e equipamentos utilizados na sua transportação, além do pagamento de multas e a não renovação da licença.
O comunicado faz referência a um Decreto Presidencial no 274/17 de 10 de Novembro, e surge numa altura em que várias denúncias circularam sobre o abate indiscriminado de árvores em várias províncias. Em alguns casos, segundo as denuncias, punham em risco florestas inteiras.
A exploração ilegal de madeira assiste-se com frequência nas províncias do Moxico, Cuando-Cubango e Uíge, onde os cidadãos já reclamavam a adopção de medidas, para pôr fim à desordem verificada.
No Moxico, por exemplo, cidadãos afirmaram que diariamente assistiam à saída de dezenas de camiões carregados com madeira em toro para outras aragens, além de outros carregamentos fei- tos por meio dos comboios do Caminho-de-Ferro de Benguela. A província re- gista, nos últimos tempos, muita concorrência na compra de madeira, principalmente por cidadãos chineses, que se deslocam às zonas de exploração para fazerem carregamentos.
Denúncia semelhante vem da província do Cuan- do-Cubango, onde, segundo relatos, são contrabandeados diariamente milhares de metros cúbicos de madeira, sobretudo do tipo Mussivi.
O governador provincial do Cuando-Cubango Pedro Mutindi afirmou, recentemente, que a exploração ilegal é feita por cidadãos estrangeiros, encobertos por nacionais em zonas de difícil acesso, onde derrubam várias espécies de plantas proibidas, desde as menos crescidas, medicinais e raras, violando as regras do Ministério do Ambiente.
A exploração ilegal de madeira na província do Uíge é praticada sobretudo no município do Ambuíla, com a colaboração dos sobas, segundo denúncias das autoridades locais.
O Ministério da Agricultura e Florestas sublinha, no comunicado, o seu compromisso em tra- balhar para o desenvolimento da economia de forma sustentável a médio e longo Prazo.