Executivo quer atitudes individuais dignas
20 Março de 2020 | 19h15 – Actualizado em 20 Março de 2020 | 19h33
A ministra de Estado para Acção Social, Carolina Cerqueira, considerou crucial, nesta sexta-feira, pautar-se por comportamentos individuais salutares, com vista a prevenção da entrada e propagação do novo Coronavírus (Covid-19) em Angola.
Entretanto, encorajou a sociedade em geral a zelar pelas regras de civismo, comportamento social, solidariedade, partilha, respeito pelas normas e pelas recomendações sanitárias e de segurança perante este desafio que considera ser da Nação inteira.
Carolina Cerqueira apontou como prioridade do Executivo na prevenção contra esta pandemia, os cidadãos, com especial atenção para os grupos de grande risco e os mais vulneráveis, por merecem a solidariedade de todos, por um imperativo moral.
Por esta razão, pede o empenho e colaboração de todos os sectores, sector público e privado, sociedade civil e igrejas. Exortou ainda para a união nesta cruzada que diz ser de todos: do Executivo e da população, para o bem comum dos angolanos.
Frisou que Angola, como os outros países africanos, depara-se com uma grande fragilidade do sistema sanitário e elevado índice de analfabetismo e pobreza, o que impõe responsabilidades acrescidas na educação da mulher, principal provedora de assistência às famílias no continente.
Na ocasião realçou que o Executivo está sensível às preocupações dos angolanos e estrangeiros que se encontram nos países onde a TAAG opera, estando a estudar formas para equacionar a questão, em respeito a critérios convenientemente estabelecidos e anunciados oportunamente.
“As características familiares existentes, as muito numerosas, a socialização destas, a constante mobilidade das populações e concentração populacional de Luanda são factores de risco que têm merecido atenção particular da comissão (…..)”, sublinhou.
Por seu turno, o presidente da 6ª comissão da Assembleia Nacional, Victor Kagibanga, afirmou que a protecção de saúde pública é um dos deveres do Estado, contudo os cidadãos também têm o dever de participar nas intervenções de interesse para a sanidade dos angolanos.
Ao intervir no final do encontro, o parlamentar realçou que os deputados devem esclarecer, no seu diálogo com as comunidades, sobre a situação do Covid-19 e mobilizar a população para aderir às orientações e recomendações das autoridades competentes do Estado.
“A Assembleia Nacional tudo fará para apoiar as acções do Executivo tendentes a reforçar as competências essenciais previstas no regulamento sanitário internacional para que o sistema nacional de saúde possa apoiar a população”, expressou Victor Kagibanga.
Já a ministra da Saúde e coordenadora da Comissão Interministerial para a Resposta à Pandemia, Sílvia Lutucuta, informou oportunamente que, dos sete novos casos suspeitos em análise até quinta-feira, cinco deram negativo, estando-se agora a aguardar pelos restantes dois.
Por fim, deu a conhecer que o Executivo Angolano está a trabalhar para conter a especulação dos preços dos produtos de higienização e desinfectação, mormente o álcool gel, o sabão azul, papel higiénico, luvas, máscaras, entre outros afins.