Executivo quer aumento da produção nacional para reserva estratégica alimentar

AMADEU NUNES, SECRETÁRIO DE ESTADO DO COMÉRCIO FALA À IMPRENSA FOTO: FRANCISCO MIÚDO

AMADEU NUNES, SECRETÁRIO DE ESTADO DO COMÉRCIO FALA À IMPRENSA
FOTO: FRANCISCO MIÚDO

08 Setembro de 2019 | 05h35 – Actualizado em 08 Setembro de 2019 | 05h34

O Executivo está a trabalhar com o sector privado para aumentar a produção para o país ter uma reserva estratégica constituída maioritariamente com produtos nacionais, disse neste sábado, no Cuanza Sul, o secretario de Estado do Comércio, Amadeu Nunes.

Falando aos jornalistas no final de um encontro com os empresários do sector agrícola da Província, em função de uma visita que o secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo, Isaac dos Anjos, efectua ao Cuanza Sul, ser necessário continuar a trabalhar com a produção nacional.

Amadeu Nunes disse que nesta altura, ainda não há uma reserva estratégica alimentar para o país, “estamos a trabalhar nisso, penso que até ao final do ano o processo da reserva estará pronto e assegurada também a quadra festiva”.

“Não queremos fazer a reserva com importação, é fundamental que haja capacidade nacional para termos uma reserva nacional com produtos nacionais”, sublinhou.

Por outro lado, o secretário de Estado entende que o subida e descida dos preços dos produtos nos mercados prende-se com a oferta e a procura, sendo necessário aumentar a capacidade nacional de produção para baixar os preços, porque o país não pode continuar a importar para baixar os preços.

Em relação à visita, o responsável que fazia o balanço, em nome da delegação, disse as dificuldades estão identificadas e não são apenas da Província do Cuanza Sul, porque estão ligados a energia, vias de acesso para escoamento da produção, financiamento para os empresários agrícolas, logística de armazenamento, conservação e frio, bem como questões de ordem de importação de alguns produtos produzidos localmente.

Defendeu a necessidade do país produzir mais para começar a expor também em grande escala.

“O estado não pode continuar a gastar tantas divisas com a importação, mas também temos que receber divisas com as exportações, até porque Angola já foi um país exportador e temos essa capacidade”, assegurou.

Sublinhou que a comissão está a visitar diversas províncias para saber quais as dificuldades que têm para trabalharem com os governos das províncias no sentido de solucionar os problemas.

Após a visita comissão vai preparar o Memorando para entregar as instâncias superiores, no caso ao Ministro de Estado para Coordenação Económica e depois ao Presidente da República, para serem passadas orientações concretas e precisas para diminuir os constrangimentos identificados nos diversos sectores.

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