Executivo trabalha para controlar aumento de preços

Presidente da República, João Lourenço, deposita coroa de flores estátua de Agostinho Neto FOTO: PEDRO PARENTE

Presidente da República, João Lourenço, deposita coroa de flores estátua de Agostinho Neto
FOTO: PEDRO PARENTE

11 Novembro de 2019 | 11h29 – Actualizado em 12 Novembro de 2019 | 11h20

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou nesta segunda-feira, em Luanda, que o Executivo está preocupado com o aumento dos custo de vida, resultante da subida dos preços dos produtos, estando a trabalhar no sentido de melhorar a situação.

João Lourenço falava à imprensa após depositar uma coroa de flores na estátua do fundador da Nação, António Agostinho Neto, no Largo da Independência, no quadro dos 44 anos da Independência Nacional, que hoje se assinala.

Em breves declarações à imprensa, o Chefe de Estado angolano disse que o Executivo tem comunicado as medidas em curso, no sentido de evitar a especulação feita por alguns comerciantes, escudando-se na entrada em vigor do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA).

Desde a entrada em vigor do IVA, vários produtos, incluindo os da cesta básica, isentos da cobrança deste imposto têm registado um aumento acentuado de preços.

Indagado sobre a perda de mandato da deputada Welwitschia dos Santos, lembrou que se trata de um acto que não resulta de Despacho Presidencial, mas sim das regras de funcionamento da Assembleia Nacional (parlamento), um órgão independente em respeito ao princípio da separação de poderes.

“Portanto, a medida que a Assembleia Nacional (AN) tomou é da sua exclusiva responsabilidade. Eventualmente, terá tido as suas razões”, aclarou.

Os jornalistas questionaram também a presença do Chefe de Estado no casamento da filha do Presidente da AN, Fernando da Piedade Dias dos Santos, um assunto muito comentando nas redes sociais devido às despesas envolvidas, ao que João Lourenço respondeu estar-se perante uma situação de má fé e de intenção deliberada de denegrir alguns de forma injusta.

“Os cidadãos estão no direito de criticarem aquilo que julgam não ser correcto, mas devem procurar, tanto quanto possível, serem justos”, defendeu, o Presidente, justificando que “não estou a ver como um convidado é sacrificado por estar numa festa”.

Argumentou que, “regra geral, quem casa os seus filhos é que suporta as despesas do casamento. O convidado é simplesmente convidado”.

“Até se dizia que eu era padrinho, mas acabou por se constatar que isso não corresponde à verdade. Portanto não passou de má fé. Tudo o resto não tem nada de verdade”, clarificou o Estadista angolano.

Sobre a visita que efectua a partir de terça-feira ao Vaticano, na Itália, o João Lourenço disse tratar-se “de uma actividade de Estado que terá como ponto mais alto um encontro com o Papa Francisco (na qualidade Chefe de Estado) e, de forma nenhuma, põe em causa a laicidade do Estado angolano”.

Na Praça da Independência, depositaram igualmente coroas de flores o vice-presidente da República, Bornito de Sousa, membros dos órgãos de soberania (poderes Legislativo e Judicial), de Defesa e Segurança, do Corpo Diplomático e organismos internacionais acreditados no país, do Governo Provincial de Luanda e convidados.

O acto central da efeméride acontece na Quibala, província do Cuanza-Sul, sob orientação do vice-presidente da República, Bornito de Sousa.

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