GOVERNO DE ANGOLA

ÁGUA EM LUANDA: NOVOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO AVALIADOS EM MAIS DE 2,5 MIL MILHÕES DE DÓLARES

Um investimento de mais de 2,5 mil milhões de dólares americanos deverá ser feito na província de Luanda, para a execução dos novos sistemas de abastecimento de água do Bita e do Quilonga, com uma capacidade de produção que vai garantir o abastecimento a pelo menos 7,5 milhões de habitantes.

A informação foi avançada pelo Presidente da República, João Lourenço, este sábado, 15 de Outubro, durante a apresentação do estado da Nação, na Assembleia Nacional.

Além destes, segundo o Chefe de Estado, decorre a execução dos novos sistemas de abastecimento de água de Saurimo e Ndalatando, que se espera concluir em 2023 e 2024, respectivamente.

O Presidente da República indicou igualmente que está previsto o aumento da capacidade de produção no Lubango, com a construção de furos adicionais, assim como nas sedes municipais de Maquela do Zombo, Lucala, Matala, Bocoio, Marimba, Quela, Cangandala, Chitembo, Tchicala-Tcholoanga, Tchindjendje, Gabela, Cacolo, Muconda e Dala, devendo ser concluídos até 2024.

O Executivo prevê igualmente o início da execução dos novos sistemas de água nas sedes municipais da Humpata, Chibia, Damba, Bailundo e Andulo.

Para responder ao elevado ritmo de crescimento populacional, João Lourenço disse que estão a ser desenvolvidos projectos de extensão das redes de distribuição de água nas cidades do Uíge, Huambo, Sumbe, Dundo, N’Dalatando, Ondjiva, Caxito, Malanje e Saurimo, em mais de 79.000 ligações domiciliares.

O Governo vai continuar a implementar os projectos estruturantes de combate aos efeitos da seca. Neste contexto, na província do Cunene estão em construção e deverão ser concluídas as obras de construção das barragens do Ndue e do Calucuve na área da bacia do Rio Cuvelai, bem como da Cova do Leão na região da Cahama e Curoca, área da bacia do Rio Cunene.

“O Executivo está igualmente a mobilizar recursos para começar a desenvolver, nos próximos meses, os projectos previstos para a província da Huíla, concretamente as barragens da Arimba, Embala do Rei e N’ompombo e, na província do Namibe, as barragens do Bero, Curoca, Bentiaba, Giraúl, Carunjamba e Inamangando, incluindo os canais associados a cada uma delas”, revelou o Chefe de Estado.

PRODUÇÃO DE ENERGIA

No domínio da produção de energia, nos próximos meses deverão ser concluídas as obras de reabilitação e ampliação das centrais hidroeléctricas da Matala na Huíla e do Luachimo na Lunda Norte.

Com a entrada em operação dos parques solares de Benguela, o Presidente da República disse que a taxa de penetração de energias renováveis na matriz energética nacional passa a ser de 64 por cento, dos quais 58,7 por cento de fonte hídrica, 4,6 por cento de fonte solar e 0,6 por cento de fonte híbrida.

Quanto ao transporte de energia, após a conclusão da interligação entre a região Norte e Centro do país, por via da linha de transmissão Laúca-Waco Cungo-Huambo-Cuito, deverá ter início proximamente a construção da interligação entre as regiões Centro e Sul, através das linhas de transmissão Huambo-Lubango-Namibe numa extensão de 540 km, Lubango-Ondjiva numa extensão de 382 km e Huambo-Menongue numa extensão de 315 km.

“Vamos incluir igualmente neste programa a interligação entre o Norte e o Leste do país, por via da linha de transmissão Malanje-Saurimo numa extensão de 565 km, perfazendo um total de mais de 1.800 km de linhas de transmissão de energia eléctrica a construir”, referiu.

A fim de proporcionar mais energia a menos custos, João Lourenço disse que serão concluídos mais cinco parques fotovoltaicos nas localidades de Saurimo, Luena, Bailundo, Lucapa e Cuito, num total de 84 MW, estando em construção no Namibe, na modalidade BOT, o parque solar de Caraculo com a capacidade de 50 MW.

Para expandir o acesso à energia eléctrica nas regiões menos favorecidas do Leste e Sul do país, disse ainda João Lourenço, está a ser desenvolvido um amplo programa de electrificação rural, com o emprego de energia fotovoltaica com acumuladores nas províncias do Moxico, Lunda Norte, Lunda Sul, Namibe, Cunene, Cuando Cubango, Malanje e Huíla, num total de 126 localidades e mais de três milhões de pessoas beneficiadas, para ser concluído no prazo de três anos.

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