Huambo pode albergar primeira Escola Nacional de Jornalismo

OBRAS DA FUTURA ESCOLA NACIONAL DE JORNALISMO  FOTO: VALENTINO YEQUENHA

OBRAS DA FUTURA ESCOLA NACIONAL DE JORNALISMO
FOTO: VALENTINO YEQUENHA

01 Março de 2018 | 16h22 – Actualizado em 01 Março de 2018 | 16h31

O ministro da Comunicação Social, João Melo, aventou hoje, quinta-feira, a possibilidade da província do Huambo albergar, no futuro, a primeira Escola Nacional de Jornalismo.

A garantia foi dada logo após o governador da província, João Baptista Kussumua, sugerir a conversão do futuro Centro Regional de Formação de Jornalistas, em construção desde 2014, em Escola Nacional.

O ministro, que na sexta-feira vai visitar as obras, prometeu, também, encontrar uma solução imediata para que os trabalhos de construção, paralisados desde 2016, sejam retomados e concluídos, tendo em conta o interesse do Ministério da Comunicação Social.

Na mesma ocasião, João Melo deu a conhecer estarem em curso iniciativas tendentes à assinatura, em breve, de acordos de cooperação com universidades nacionais, para abertura de cursos de pós-graduação em jornalismo.

Informou que o curso de pós-graduação visa melhorar o domínio das técnicas de redação dos distintos géneros jornalísticos, elevar o nível de cultura geral dos jornalistas, domínio da Geografia, da Língua Portuguesa, da Literatura, da História universal e das ideias.

A médio prazo, segundo o ministro da Comunicação Social, o que se pretende é condicionar o acesso dos jornalistas às redacções mediante a frequência de um curso de pós-graduação, a exemplo do que, segundo ele, ocorre com outras profissões em que não basta ter uma licenciatura.

A futura escola nacional de jornalistas vai funcionar nas infra-estruturas que estavam a ser construídas para albergar o Centro Regional de Formação Jornalística, no bairro Makolokolo, seis quilómetros do centro da cidade do Huambo.

Até a altura em que as obras paralisaram, em 2016, o grau de execução física situava-se na ordem dos 30 porcento e 47 de execução financeira, sendo que 2017 seria o ano da inauguração .

A parte já executada compreende a construção da estrutura base dos edifícios do complexo escolar, do internato, dos estúdios e do refeitório, assim como os trabalhos das redes de infra-estruturas.

O imóvel terá 16 salas de aulas, para 670 alunos, e contempla também uma secretaria-geral, salas de professores, de reuniões, gabinetes de apoio e de coordenação.

Terá ainda estúdios de rádio, de televisão e fotografia, sala de gravação, de informática, sala de redacção, área técnica, de montagem completa, de montagem simples e de maquilhagem, que servirão para os formandos aliarem a teoria à prática.

A infra-estrutura terá 87 dormitórios, auditório para 300 pessoas, restaurante com uma esplanada para 340 pessoas, anfiteatro aberto, biblioteca, casas de passagens do tipo T4, quadras desportivas e um edifício técnico.

O projecto de construção do imóvel, uma iniciativa do Ministério da Comunicação Social, contempla igualmente um posto médico, arruamentos, espaços verdes, tratamentos de águas residuais, parque de estacionamento com a capacidade para 100 viaturas e 4,90 quilómetros de guias de betão/lancil.

As obras do empreendimento, que vai ocupar uma área de 78.141 metros quadrados, estão orçadas em dois bilhões, 483 milhões, 106 mil e 869 Kwanzas e 93 cêntimos.

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