Indústria

 

A reconstrução industrial de Angola é um passo primordial para o seu desenvolvimento económico.

O Ministério da Indústria criou o Plano Director de Reindustrialização (PDR), que pretende atingir como objectivos principais o desenvolvimento industrial dentro da iniciativa privada, assim como a criação de empresas competitivas. Para tal, serão criados mecanismos tendentes a reabilitação das empresas já existentes, incentivar o surgimento de médias e pequenas empresas e, acima de tudo, atrair o investimento estrangeiro. Com o efeito de arrastamento, este programa poderá abranger os outros sectores de actividade.

Após um estudo exaustivo sobre a situação industrial, o Ministério angolano da Indústria considera o referido programa como «um modelo estratégico para o desenvolvimento deste sector e adequado às actuais circunstâncias». Como meta pretende-se iniciar o processo de reabilitação e recuperação da produção industrial, posicionando-a como o principal motor do desenvolvimento económico de Angola.

Dentro de tais objectivos, e porque a indústria angolana é constituída na sua grande maioria por equipamentos com mais de 25 anos, o Ministério tutelar criou o PATIA (Programa de Actualização Tecnológica da Indústria Angolana).

O PATIA sublinha que a indústria angolana se encontra nos estágios da invenção da máquina a vapor e da invenção do motor eléctrico, sendo necessário proceder a uma renovação do parque industrial existente. O PATIA surge com o objectivo de promover a actualização tecnológica do parque industrial angolano, pela introdução de equipamento produtivo actualizado e de exploração economicamente rentável. Este programa fomentará a transferência de equipamentos de países tecnologicamente mais evoluídos, quer pela aquisição directa, quer sob a forma de investimento estrangeiro.

Neste âmbito serão desenvolvidos procedimentos de controlo da qualidade dos equipamentos a introduzir e da sua adequação à realidade do parque industrial do país. Os equipamentos a introduzir – adverte – não deverão ter uma complexidade técnica que dificulte a sua manutenção ou que implique a dependência de mão de obra estrangeira.

O PATIA desenvolver-se-á através da aquisição de activos em segunda mão, pois trata-se de introduzir tecnologia intermédia. Numa fase posterior prevê-se a introdução de meios de produção assistidos por computador e a informatização dos processos produtivos.

Para apoiar a criação de empresas competitivas, o Ministério da Indústria criou um fundo de apoio – o FAEN – que se destina a ajudar os empresários que enfrentam problemas de tesouraria ou que pretendam investir na modernização ou recuperação de empresas, bem como em projectos inovadores. O FAEN visa ainda diminuir os desequilíbrios regionais, promover o lançamento de novas empresas ou a modernização de outras.

Os sectores extractivo, de transformação e dos materiais de construção constituem os três grandes eixos em que se divide a indústria angolana. O primeiro engloba a extracção de petróleo, gás natural, diamantes e mármore, enquanto que o segundo abarca a metalurgia, construções metálicas, eléctrica, electrónica, construção de materiais de transporte, química e borracha, madeira e mobiliário, papel, vidro e cerâmica, têxtil, confecção, curtumes, alimentar, pescas, bebidas, café, açúcar e tabacos. O último é a indústria de materiais de construção, tais como as cerâmicas e cimenteiras.

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