João Lourenço tranquiliza banco português sobre suposta saída da SONANGOL

FÓRUM ECONÓMICO ANGOLA PORTUGAL FOTO: CORTESIA DE MANUEL KINDALA/ EDIÇÕES NOVEMBRO

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24 Novembro de 2018 | 17h03 – Actualizado em 26 Novembro de 2018 | 07h50

O presidente angolano, João Lourenço, revelou ter tranquilizado o banco português BCP, participado pela companhia nacional SONANGOL, sobre a possibilidade de a petrolífera se retirar do capital do banco.

Durante uma conferência de imprensa no final da sua primeira visita de Estado a Portugal, o presidente da República aproveitou para afastar, pelo menos para já, a hipótese de a SONANGOL se desfazer das suas participações no BCP e na empresa Galp Energia.

“Há uma empresa portuguesa que me veio falar preocupada para saber se a SONANGOL ia sair. E eu disse que podem dormir descansados. E estou a referir-me a um banco”, declarou João Lourenço.

A SONANGOL é o segundo maior accionista do grupo Millennium BCP, com uma participação de 19,5%.

Da posição indirecta que tem na Galp, a petrolífera angolana detém 60% da Esperaza, que tem 45% da Amorim Energia, e esta por sua vez é a maior accionista da Galp, com 33,34%.

“Nunca nenhuma autoridade angolana disse que a empresa nacional se iria retirar dos negócios que tem em Portugal. Esta parte é importante”, sublinhou o chefe de Estado angolano, esclarecendo que “a orientação que a SONANGOL tem é analisar caso a caso de que empresas deverá se retirar”.

De acordo com o estadista angolano, até ao momento concluiu-se que se devem retirar 52 empresas, mas não são da área petrolífera.

“É muito pouco provável que a SONANGOL se interesse em ter uma participação na Galp pela via que acaba de citar”, afirmou João Lourenço quando confrontado com a possibilidade de a SONANGOL reforçar a Galp comprando a participação da empresa de Isabel dos Santos.

“Não temos nada contra os portugueses do grupo Amorim, antes pelo contrário, mas num casamento deve haver vontade recíproca entre o noivo e a noiva. Ambos têm de estar interessados”, disse João Lourenço em relação à parceria com a holding Esperaza, o veículo da participação (indirecta) de Angola na Galp.

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