Justiça deve combater a corrupção e impunidade

Presidente da República, João Lourenço, orienta cerimónia de abertura do Ano Judicial 2018

Presidente da República, João Lourenço, orienta cerimónia de abertura do Ano Judicial 2018

13 Março de 2018 | 13h16 – Actualizado em 13 Março de 2018 | 13h27

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, afirmou nesta terça-feira, em Luanda, que se pretende tornar a justiça capaz de responder aos grandes desafios do combate à corrupção e à impunidade, contribuindo, deste modo, para a moralização do sistema social, político e económico.

Tornar o mercado nacional mais competitivo para a atracção do investimento privado nacional e estrangeiro, se ela for célere, imparcial e eficaz, também consta da referida pretensão, de acordo com o Presidente da República que orientou a cerimónia de abertura do ano judicial 2018.

O Chefe de Estado disse que pretende-se, por outro lado, garantir o acesso à justiça e ao direito a todos os cidadãos, independentemente da sua condição social ou económica, para que os seus direitos sejam plenamente respeitados e defendidos.

Para si, a criação do Tribunal Constitucional, em 2008, e a aprovação da nova Constituição da República, em 2010, permitiram tornar o sistema de justiça como um factor efectivo de promoção da cidadania, da paz e coesão social e desenvolvimento económico.

O estadista falou que estabeleceu, como uma das prioridades do meu mandato, o combate a corrupção, ao nepotismo e a impunidade, males que têm causado vários prejuízos ao povo e que estão a contribuir para agravar a imagem de Angola no exterior.

Nesse sentido, o Presidente da República garantiu que foram tomadas, pelo Executivo, algumas medidas que, embora importantes, se afiguram ainda insuficientes, mas que assinalam, de forma clara, o caminho sem retorno a seguir, não só pelos servidores públicos, mas pela sociedade no geral.

Reiterou que o Executivo tomou a iniciativa de propor à aprovação da Lei de Repatriamento de Recursos Financeiros Domiciliados no Exterior, aplicáveis ao capital que tenha saído do país sem respeitar as normas e regras vigentes, e da Lei de Concorrência que pretende pôr fim aos monopólios, promover e defender a livre iniciativa, a competitividade e a sã concorrência.

João Lourenço precisou que o Executivo encara o sistema de justiça como uma cadeia de instituições que concorrem para a prevenção, educação e o combate aos crimes de natureza económica e conexos.

O evento decorreu sob o lema “Pela dignificação do poder judicial e por uma justiça independente, imparcial e célere” e foi presenciado pelos presidentes da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, do Tribunal Supremo, Rui Ferreira, do Tribunal Constitucional, Manuel Aragão, o procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, e o bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (OAA), Luís Paulo Monteiro Marques.

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