Lançamento do livro “Angola, Me Diz Ainda”, de José Luís Mendonça – 18 Janeiro – 18h30

CONVITE Angola me diz ainda(Press Release)

Em finais de década de 1940, Agostinho Neto, Viriato da Cruz, António Jacinto e Mário António, entre outros, lançavam em Luanda o Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, com o lema: “Vamos Descobrir Angola”, que incitava a uma busca da via que hoje a União Africana designa de Renascimento Africano.

Na revista Mensagem (1950-1953) ficou o registo de que “A nova poesia de Angola teria de encarar o ritmo-emoção característico do homem africano; ritmo-emoção esse que lhe era transmitido pela própria natureza em que ele se integrava e com quem vivia em contacto directo e em plena comunhão.”

Devido à repressão colonial, tanto o Movimento como a revista Mensagem tiveram vida efémera.

Nos dias de hoje, com Angola independente, José Luís Mendonça resgata da História o legado da geração de 40, e considera-se um continuador, um membro efectivo do ideário contido no slogan Vamos Descobrir Angola.

Para Mendonça, poesia e política estão entrecruzadas: há poesia na política, mesmo de rara expressão, e há política em certa poesia, a chamada poesia de intervenção. Que é a que está contida nos versos de ANGOLA, ME DIZ AINDA, um trabalho literário, composto numa linguagem muito particular da Angolanidade, tendo como ponto de partida o português de Angola e alguma expressividade do quimbundo.

O livro inclui poemas criados desde os anos 80 até à data, e é uma epopeia do percurso histórico do povo angolano, desde a independência até aos dias de hoje, suas esperanças segregadas, suas lutas diárias, perfis de fazedores da História, cada um à sua maneira, esculpida através de um trabalho artesanal de compor versos com jogos de imagens e palavras ditas no linguajar da rua, enfim, as coisas que foram acontecendo e acontecem, e pelas quais a alma do Poeta se deixou embarcar, naturalmente e sem premeditação, pois é parte dessa amálgama angolana e universal de vivências.

 

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