Lunda Norte desperta para a agricultura
A população da Lunda Norte desperta para a prática da agricultura familiar diversificada e virada para a comercialização.
Para trás fica a tradicional aposta, que encontrava na monocultura da mandioca a principal actividade económica.
O director provincial da agricultura, pescas e desenvolvimento rural, engenheiro José Mendes, lançou um apelo no sentido do envolvimento das famílias na diversificação dos seus cultivares, com destaque para as hortofrutícolas.
A prática de uma agricultura familiar e organizada está a ganhar espaço na província. Antes, apenas se trabalhava para a subsistência. As grandes produções estavam a cargo da antiga Diamang, empresa que chamava a si a responsabilidade da exploração de diamantes.
Neste momento, estão contabilizadas na província 238 cooperativas, 510 associações e 17 empresas agrícolas. Só no município sede do Tchitato existem 130 associações agrícolas, com um envolvimento 7.152 camponeses, sendo 3.211 homens e 3.941 mulheres.
Quanto à produção, os números apontam para 950 toneladas de tubérculos, 100 de frutícolas e 750 de hortofrutícolas. Hoje já é possível o cultivo de hortofrutícolas, com realce para o tomate, repolho, cenoura, pepino, couves e pimentos.
O cultivo de arroz é igualmente uma realidade na província. A actividade tem tradição no espaço geográfico desde antes da independência de Angola. O segmento da pecuária também ganha espaço na Lunda Norte. O sector controla 6.421 bovinos, 5.670 suínos, 5.177 ovinos e6.582 caprinos.
Quanto à avicultura, estão contabilizadas cerca de 40 mil aves, no quadro do programa de criação levado a cabo pelo projecto Cacanda. O gado bovino é maioritariamente do sector tradicional, que detém o maior efetivo. Estão registados 1.343 criadores dos municípios do Cuango, Capenda Camulemba, Chitato, Cambulo e Lucapa.
Tal como na agricultura e pecuária, a Lunda Norte também está a dar passos largos na direcção do desenvolvimento da pesca continental e da indústria madeireira.