Mais de cinco biliões de dólares para água
20 Março de 2018 | 19h10 – Actualizado em 20 Março de 2018 | 19h09
O Executivo angolano, através do Ministério da Energia e Águas, prevê investir, a partir deste ano, cinco biliões de dólares norte-americanos na construção e reconstrução de infra-estruturas do sub-sector das águas.
O valor será aplicado na construção de 18 sistemas de água em sede provinciais, 156 nas sedes municipais e outros a serem erguidos nas zonas rurais, informou hoje, em Brasília, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
Segundo o ministro, que falava à margem do 8º Fórum Mundial da Água, que decorre no Brasil, além dos investimentos em infra-estruturas, o sector também está a empreender iniciativas no domínio institucional, desde a criação de empresas do subsector das águas, formação de quadros e descentralização dos serviços.
A descentralização dos serviços, segundo o governante, faz parte de um conjunto de orientações da actual governação, que visa garantir que as zonas rurais tenham capacidade técnica, para que, por si, prestem um serviço e garantam que os investimentos feitos pelo Executivo exerça o seu papel.
A política tarifaria e de preços são algumas das medidas a adoptar, uma estratégia que prevê conduzir aos objectivos pretendidos, que passa pela universalização do serviço de acesso à água e saneamento básico.
Em Janeiro de 2017, foi aprovado pelo Governo angolano o Plano Nacional da Água (PNA), um documento que define as linhas mestras da estratégia de gestão dos recursos hídricos até 2040.
Com base na inventariação dos recursos hídricos nacionais, o plano estabelece as principais prioridades no uso da água, traçando acções que concorrem para a prossecução dos objectivos definidos nos diversos domínios do recurso hídrico.
Para o ministro, a segurança hídrica está no centro das políticas públicas.
“A nossa preocupação nacional prende-se com o aumento do acesso à agua potável nas zonas rurais e urbanas”, referiu.
Lembrou que água é um recurso escasso e mais de 40% da população em todo mundo não tem acesso à agua, e uma percentagem significativa não tem também acesso ao saneamento.
Angola dispõem de 77 bacias hidrográficas, cinco das quais partilhadas com os países vizinhos, como a República da Namíbia.