Marinha angolana está vigilante

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

O ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, afirmou ontem, no município do Ambriz, que devido à situação real de instabilidade em África, é obrigação das autoridades angolanas prestar uma grande atenção ao aumento da capacidade de vigilância e segurança marítimas das águas territoriais e da Zona Económica Exclusiva do país.

João Lourenço interveio no acto central alusivo ao 39º aniversário da Marinha de Guerra Angolana (MGA), assinalado ontem, e garantiu que aquele ramo das Forças Armadas Angolanas vai ser capacitado com meios materiais e humanos adequados para a defesa não apenas de Angola, mas também do Golfo da Guiné, conjuntamente com outros países da região ocidental de África banhados pelas mesmas águas do Oceano Atlântico.
O ministro da Defesa Nacional lamentou que o mar que deve servir para o estreitamento das relações de cooperação e intercâmbio comercial entre as nações, seja também utilizado por organizações criminosas para atentar contra a paz e a segurança universais. João Lourenço apontou como exemplos de práticas criminosas com recurso aos mares e oceanos, o terrorismo, o tráfico de armas, de drogas, de seres humanos para trabalho escravo ou prostituição e a imigração ilegal. “O nosso país encontra-se numa importante rota marítima internacional, o Golfo da Guiné, onde as ameaças descritas atrás vêm conhecendo um crescimento considerável em países como a Nigéria, os Camarões, o Níger, o Mali ou ainda o Chade, situação que nos deve preocupar, para não citar a situação similar vigente no outro lado do continente, no Índico, mais concretamente na Somália e no Quénia”, disse.
João Lourenço referiu que por iniciativa do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, a cidade de Luanda acolhe em Setembro próximo uma Conferência Internacional sobre a Vigilância e Segurança Marítimas do Golfo da Guiné.
“Esperamos que seja uma importante contribuição à paz e segurança internacionais, neste mundo cada vez mais globalizado, onde os perigos que pairam sobre os nossos países só podem ser vencidos no quadro de uma perfeita cooperação internacional”, disse.
Além de apontar que os desafios pendentes exigem uma entrega total e a todos os níveis da hierarquia das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço orientou os efectivos da Marinha de Guerra a serem cada vez mais exigentes no cumprimento do dever de servir com abnegação e qualidade a pátria.
O ministro acrescentou que particular atenção deve ser prestada à formação do homem, para que possa tirar o maior e melhor rendimento do armamento e técnica postos à sua disposição.

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