Ministro chama atenção para maior responsabilidade dos jornalistas
02 Março de 2018 | 00h13 – Actualizado em 02 Março de 2018 | 06h39
O processo de abertura da imprensa pública no país, marcada por mais liberdade na publicação de conteúdos, exige maior responsabilidade dos jornalistas, evitando a euforia ingénua e irresponsável, que pode causar inércia e o pânico no seio da sociedade angolana.
A chamada de atenção foi feita, quinta-feira, pelo ministro da Comunicação Social, João Melo, ao dissertar o tema “ discurso jornalístico da actualidade”, numa palestra inserida do seminário regional sobre reportagem jornalística, que contou com a presença do governador do Huambo, João Baptista Kussumua, presidentes de conselhos de administração dos órgãos de comunicação social, jornalistas de cinco províncias do país e estudantes.
O ministro realçou que esta nova tendência requer do jornalista cautela na escolha editorial, assim como nas palavras, sobretudo no apuramento da verdade.
Nesta senda, defendeu que a responsabilidade social da comunicação social deve ser assumida por todos os órgãos públicos e privados, tendo em conta o compromisso que têm perante a sociedade.
Segundo o orador, um autêntico discurso jornalístico deve ser assumido de igual forma por todos os meios de comunicação social públicos ou privados, independentemente da sua linha editorial e preferências, porque todos têm uma responsabilidade perante a sociedade.
Frisou que é também necessário ter em conta os critérios fundamentais do imprensa, entre os quais, produzir uma informação completa e fidedigna, que implica não noticiar apenas factos negativos, mas também os positivos.
Disse ainda que o primeiro passo para produzir uma informação completa e fidedigna é a valorização de todos os factos relevantes positivos ou negativos, assim como ouvir todas as partes, apurar bem os factos, não especular, não ir a reboque das redes sociais e não fulanizar.
A palestra sobre o “discurso jornalístico da actualidade” marcou o encerramento da acção formativa em que participaram jornalistas das províncias de Huambo, Bié, Benguela, Huíla e Cuando Cubango.