Moçambique está aberto a investimento de empresas angolanas

Foto: dinheirodigital.sapo.pt

Foto: dinheirodigital.sapo.pt

O governo de Moçambique está aberto a investimentos de empresas angolanas na área de hidrocarbonetos, informou hoje (terça-feira), em Luanda, a ministra moçambicana dos Recursos Minerais, Esperança Bias.

A governante moçambicana,  que se encontra em Angola em visita de trabalho,   afirmou que “qualquer empresa angolana é bem-vinda em Moçambique, particularmente, neste sector ( petróleo e gás).

“Estamos abertos a investimentos de empresas angolanas” , reforçou a ministra, no final do encontro de trabalho com o ministro angolano dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, informando que em Moçambique já existe uma empresa pública na área de hidrocarbonetos e que a cooperação com a Sonangol (Empresa Angolana de Hidrocarbonetos),  nos diversos ramos está a ser bem sucedida.

Disse que a Sonangol  estabeleceu parcerias e conseguiu se fortalecer no mercado do petróleo, realçando que pretendem também o mesmo para a  empresa pública local (NH).

Em relação à visita  disse  que está a apreciar a gestão de Angola no ramo petrolífero por o país ter associado, recentemente, o gás ao petróleo.

Esperança Bias  informou que Moçambique produz gás em quantidades industriais desde 2004 e está a partilhar com Angola os conhecimentos  sobre o sector.

Segundo a ministra, Moçambique está a negociar contratos para a produção de gás natural com base nas descobertas feitas na bacia do Ruvuma.

Por Angola já ter uma planta de gás natural liquefeito, pontualizou, está a colher e partilhar experiências e ver como conseguir instalar a planta e implementar o projecto.

“Acreditamos que cada um de nós tem experiência a trocar e Angola é um país que já está no negócio dos hidrocarbonetos há bastante tempo. Viemos ver o que Angola tem em termos de legislação, o que dá às campanhias e como se tornou um país atractivo”, disse.

Deu a conhecer que Moçambique está a elaborar muita regulamentação em relação a este sector, mas para tal receberam experiências e viram a forma para poder seguir o exemplo de Angola.

Relativamente à formação de profissionais no sector de petróleo e gás, disse haver já um grupo de 15 estudantes moçambicanos no Sumbe, província de Cuanza Sul e estão a criar condições para se aumentar este número de estudantes.

Solicitou o apoio de Angola para a  estratégia de formação de Moçambique, aprovada pelo governo local há cerca de quatro anos, que prevê a formação de  mais  de 10 mil moçambicanos num período de 10 anos.

“Sabemos que a capacidade para dar formação é limitada,  mas há uma grande vontade dos colegas angolanos de ver também acrescido este número de moçambicanos”,  sustentou.

Esperança Bias acredita que para além da formação formal seja possível que os estudantes moçambicanos estagiem em empresas que lidam com petróleo, quer seja do sector privado ou público, para regressarem com alguma experiência neste sector.

FacebookTwitterGoogle+