Partidos apoiam Plano de Reconciliação

Luísa Damião, do MPLA FOTO: FRANCISCO MIÚDO

Luísa Damião, do MPLA
FOTO: FRANCISCO MIÚDO

Adalberto da Costa Júnior, da UNITA FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

Adalberto da Costa Júnior, da UNITA
FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

Alexandre Sebastião, da CASA-CE FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

Alexandre Sebastião, da CASA-CE
FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

27 Agosto de 2019 | 19h19 – Actualizado em 27 Agosto de 2019 | 19h18

Dirigentes do MPLA, da UNITA e CASA-CE afirmaram nesta terça-feira, em Luanda, que o Plano de Reconciliação em Memória às Vítimas de Conflitos Armados pode ser a chave da pacificação e do perdão entre os angolanos.

À margem do acto de lançamento do Plano, a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, considerou ser uma iniciativa que vai cimentar a unidade, coesão e reconciliação nacional.

Nada é fácil, mas só perdoando podemos construir o futuro e erguer um grande monumento à reconciliação nacional, sublinhou Luísa Damião.

O presidente do grupo parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, felicitou a iniciativa e espera que o processo seja genuíno, bem como contribua para concluir o processo de reconciliação nacional.

Reconheceu não ser um processo fácil e alertou para o reconhecimento das viúvas e dos órfãos resultantes dos conflitos armados.

Acusou o Estado de alguma incapacidade de consolidar o espaço de reconciliação nacional, suspeitando que a iniciativa seja usada apenas para resolver querelas no seio do partido no poder, o MPLA.

O vice-presidente da CASA-CE, Alexandre Sebastião, considerou o plano oportuno, pela necessidade promover o espírito de irmandade, indispensável ao desenvolvimento político, económico e social de Angola.

A paz entre os angolanos, o perdão entre os que estiveram envolvidos nestes actos não seria possível sem a paz entre irmãos.

Alexandre Sebastião acredita ser uma oportunidade para que os órfãos e as viúvas possam ter a oportunidade de tratar as certidões de óbitos.

Igrejas Cristãs propõem fundo às vítimas de conflitos em Angola

O Conselho das Igrejas Cristãs de Angola (CICA) propôs nesta terça feira a criação de um fundo memorial de consolação a favor das vítimas de conflitos.

A posição do CICA foi defendida pela secretária-geral,  Deolinda Dorcas Teca, na cerimónia de lançamento do plano de reconciliação em memória das vítimas de conflitos políticos em Angola.

A igreja exige também uma declaração nacional de reconhecimento dos partidos históricos, pelos erros cometidos antes e depois da independência nacional, referindo que se enganam os que pensam não ter pecados.

Sugere a realização de um culto nacional de perdão à nação pelos erros e danos do passado, visando a desdramatização nacional, assim como a promoção do diálogo sincero e inclusivo.

O presidente do Conselho Nacional da Juventude, Tingão Mateus, reafirmou o compromisso dos jovens com a paz e reconciliação nacional.

Lançado esta terça-feira, em Luanda, do Plano de Reconciliação em Memória às Vítimas dos Conflitos Armados visa promover o perdão e honrar a memória das vítimas dos conflitos políticos ocorridos em Angola, no período de 11 de Novembro de 1975 (data de proclamação da Independência Nacional) a 4 de Abril de 2002 (dia da Paz).

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