PR apostado em tornar Angola numa potência agrícola

Presidente da República, João Lourenço, entrega tractores as cooperativas FOTO: PEDRO PARENTE

Presidente da República, João Lourenço, entrega tractores as cooperativas
FOTO: PEDRO PARENTE

14 Outubro de 2020 | 15h28 – Actualizado em 14 Outubro de 2020 | 15h28

O Presidente da República, João Lourenço, considerou, esta quarta-feira, que a existência de empreendimentos, como as fábricas de tractores e de telefones, inauguradas hoje, começa a aproximar Angola do objectivo de se tornar uma potência na produção agrícola.

“(Hoje) é um dia muito especial, na medida em que estas duas unidades fabris que acabamos de inaugurar representam o aumento da oferta de emprego, sobretudo para os nossos jovens”, expressou.

Relativamente à fábrica de tractores, o Estadista angolano afirmou que representa o aproximar de um objectivo que o Executivo tem procurado alcançar e que começa a se realizar.

“Quero dizer que até aqui temos manifestado, por palavras, o nosso desejo de fazer de Angola um país forte em termos de produção agrícola”, disse João Lourenço, após inaugurar as duas fábricas na Zona Económica Especial (ZEE), em Luanda.

O Presidente entende que para tornar realidade o sonho de transformar  Angola numa potência na produção agrícola é preciso fazer coisas concretas,  como ter produção própria de tractores e alfaias.

A produção própria de adubos e fertilizantes, de vacinas para os animais – já que não se trata exclusivamente da agricultura, mas da agropecuária – e de sementes, foi igualmente evocada pelo Chefe de Estado.

Na sua óptica, se o país conseguir ter auto-suficiência nessas matérias será possível fazer uma “viragem radical” na forma de fazer agricultura e nos resultados a alcançar.

Sobre a fábrica de montagem de telemóveis, tablets e computadores, o Presidente João Lourenço disse ser “um tipo de produto que vai atrair principalmente os jovens.

Acrescentou que “as tecnologias de informação têm de ter um veículo, um suporte, que são precisamente os telemóveis, sobretudo os inteligentes, os tablets e computadores”.

O facto de, nos últimos seis/sete meses, alguns empreendedores terem conseguido concluir a construção de várias unidades fabris, apesar da progressão da Covid-19, foi destacada pelo Estadista angolano.

Esse esforço, enfatizou, está a permitir “fazer muitas inaugurações num momento em que ninguém esperava”.

Na ocasião, o Presidente João Lourenço fez a entrega simbólica de quatro tractores às associações de camponeses dos municípios do Chitato, província do Bié, da Jamba (Cuando Cubango), do Bailundo (Huambo) e do Bengo.

Com capacidade para produzir três mil unidades por ano, a fábrica de montagem de tractores resulta de um acordo entre Angola e os Emirados Árabes Unidos (EAU), num investimento de 65 milhões de dólares.

A unidade fabril, primeira do género no país, iniciou a montagem de tractores no primeiro semestre do ano em curso, sendo angolanos mais de 80 por cento da sua força de trabalho.

A implementação da fábrica contou com as parcerias da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e dos ministérios da Indústria e Comércio e da Economia e Planeamento e a colaboração da multinacional Massey Ferguson, especializada no fabrico de tractores agrícolas.

Na inauguração, os Emirados Árabes Unidos (EAU) estiveram representados pelo Sheik do Dubai, Ahmed Dalmoor Al Maktoum, promotor do investimento.

Por sua vez, a fábrica de montagem de telemóveis, tabletes, computadores e acessórios electrónicos, da marca “Afrione”, irá produzir, numa primeira fase, três mil telefones por ano, empregando 63 jovens angolanos.

As duas unidades fabris vão criar 200 novos postos de trabalho, maioritariamente para jovens angolanos.

FacebookTwitterGoogle+