PR avalia situação social com bispos da CEAST
10 Março de 2020 | 16h00 – Actualizado em 10 Março de 2020 | 16h00
O Presidente da República, João Lourenço, avaliou nesta terça-feira, em Luanda, com os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) a cooperação com a igreja católica e a situação social em Angola.
No final do encontro, o porta-voz da CEAST, Dom Belarmino Chissengueti, disse, à imprensa, haver consciência das dificuldades sociais, agravadas com a queda do preço do principal produto de exportação, o petróleo, que exigirá muita austeridade e a compreensão de todos.
Informou terem sido abordadas as medidas para assegurar a ordem social e salvaguardar a reconciliação nacional, ante um contexto político e social que considerou de “muita delicadeza, (…) e de penúria”, que dura há mais de seis anos.
O religioso disse terem recebido garantias de que os resultados sobre o processo de repatriamento de capitais serão anunciados proximamente.
Segundo Dom Belmiro Chissengueti, no encontro foi, também, realçada a necessidade da regulamentação do Acordo Quadro entre a Angola e a Santa Sé, em vigor desde 21 de Novembro passado.
Esclareceu que a regulamentação permitirá determinar o modo de implementação prática de actos como o registo religioso com efeito civil, a validação de diplomas de instituições eclesiásticas de ensino e da isenção fiscal sob doações.
Dom Belmiro Chissengueti acredita que as obras de construção da basílica da Muxima se concretizem, apesar das limitações conjunturais e que possa contribuir para a promoção do turismo religioso e para a geração de emprego.
Os bispos da CEAST estiveram reunidos, até este domingo, na vila da Muxima, município da Quiçama, para analisar questões ligadas à protecção da família, ao combate à corrupção e ao repatriamento de capitais ilicitamente levados o exterior do país.
No comunicado final da primeira Assembleia Anual, a CEAST encorajou o Executivo a envolver, se necessário, as forças militares e militarizadas, autoridades tradicionais e movimentos de defesa do ambiente, na luta contra as queimadas, desflorestação, tráfico de madeira, garimpo ilegal de minérios e outros comportamentos nefastos à natureza e à economia.