PR incentiva a arborização e preservação do ambiente

Presidente da República, João Lourenço, planta árvore na província do Namibe

No âmbito do projecto “Namibe Verde”, o Presidente da República, João Lourenço, incentivou hoje (sábado) a preservação do meio ambiente, com a plantação de uma árvore na zona adjacente ao Aeroporto Welwitschia Mirabilis, na cidade de Moçâmedes.

Com um território de 57 mil 91 quilómetros quadrados, distribuído por cinco municípios, o Namibe tem registado, nos últimos anos, um avanço célere do deserto, que ocupa perto de um terço da província.

De igual modo, a província é afectada com os longos períodos de estiagem, que causa grandes prejuízos a um número significativo dos seus cerca de 400 mil habitantes.

Para mitigar a situação na sede municipal, foi criado o “Projecto Namibe Verde”, que começa na povoação da Muila e se estende até ao centro da cidade, local onde o Presidente João Lourenço e a delegação que o acompanha, entre ministros de Estado e ministros, fizeram a plantação de árvores.

Cortina florestal

Essa área arborizada, que começou a ser erguida no segundo semestre do ano em curso, vai também permitir a criação de um espaço verde para garantir uma melhor oxigenação do ambiente e o bem da saúde das pessoas.

Segundo o director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo e Ambiente do Namibe, Pedro Hangula, que falava à ANGOP a propósito, o projecto conta com o apoio das administrações municipais, comunais, comissões de moradores, estudantes e munícipes.

“A cortina florestal foi erguida com base na plantação de espinheiras, por estas espécies serem as que se adaptam facilmente ao clima da nossa região, ou seja, não precisam de muita água para se desenvolverem, daí plantarmos com muita frequência esta espécie”, explicou.

Neste sentido, disse, desenvolveu-se em paralelo um outro projecto denominado “Visitou Plantou”, através do qual os visitantes são instados a plantar uma árvore.

Para a manutenção da rega, conta-se com a intervenção e o apoio da administração, dos munícipes, das igrejas e dos estudantes residentes na zona, segundo o responsável.

Explicou  que o objectivo é dar outra imagem à cidade, bem como desactivar a lixeira que existe no local, que será transferida para um aterro sanitário construído no âmbito do Plano integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

Sustentabilidade do projecto 

Para maior sustentabilidade das plantas, devido às dificuldades para se manter a irrigação dos solos na região, o sector do Ambiente implementou um projecto de iniciativa artesanal.

“Como não temos, ali, água canalizada suficiente e fitas de gota-a-gota, aproveitamos garrafas de água mineral, que deveriam ser descartadas ao lixo. Fizemos dois furos, um em cada extremo (em cima e em baixo), para que a pressão do ar empurre o líquido no interior e possa sair pela tampa, gotejando aos poucos. Evitamos, assim, o desperdício e a planta absorve toda a água“ (…), disse o director.

Com esse processo, frisou, as garrafas são reabastecidas depois de três dias, o que permite que o solo esteja sempre húmido e a árvore cresça com normalidade e em pouco tempo.

No mesmo projecto de abertura de cortinas florestais está, igualmente, a ser erguido um outro no bairro Valódia, junto a Estação Termoeléctrica.

Trata-se de um bairro novo e desértico, mas que já é habitado por mais de três mil pessoas, na sua maioria funcionários públicos.

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