PR pede reactivação de comissão orientadora

Presidente da República, João Lourenço (à esq.) com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang

Presidente da República, João Lourenço (à esq.) com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang

 

 

 

 

 

 

 

 

09 Outubro de 2018 | 08h46 – Actualizado em 09 Outubro de 2018 | 23h15

O Presidente angolano, João Lourenço, solicitou nesta terça-feira, em Beijing, que Angola e a República Popular da China reactivem o funcionamento da Comissão Orientadora para a cooperação económica e comercial.

Segundo o Chefe de Estado angolano, essa medida é de “extrema importância”, na medida em que permitirá, aos dois países, fazer um acompanhamento efectivo de todos os aspectos relacionados com a sua cooperação bilateral.

João Lourenço, que falava no acto de abertura de um encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no quadro da sua visita de Estado à China, propôs que essa comissão realize a próxima reunião no primeiro trimestre de 2019.

A mesma tinha uma sessão agendada para este ano, em Luanda, que foi adiada sine die.

João Lourenço disse estar ciente da necessidade de Angola se adequar à nova visão formulada pela China para a cooperação bilateral, assente no princípio da sustentabilidade dos projectos a serem financiados pelas instituições chinesas.

Mostrou-se satisfeito com a disponibilidade manifestada por esse país asiático em ajudar Angola nos esforços para promover o seu desenvolvimento.

Angola e a China mantêm relações diplomáticas desde 1983. Há aproximadamente duas décadas, têm uma intensa cooperação bilateral.

Nos últimos 16 anos, a China tornou-se o principal financiador estrangeiro de infra-estruturas em Angola, que já passou a ser o seu terceiro maior parceiro em África.

O país mais populoso do mundo (com mais de 1,38 biliões de habitantes), maior exportador e o terceiro importador de mercadorias do planeta já fez financiamentos a Angola, desde 2002, de aproximadamente 23 mil milhões de dólares.

A propósito da cooperação bilateral, o Presidente angolano disse que Angola tem obtido resultados que contribuem significativamente para a melhoria das suas infra-estruturas fundamentais e, em consequência disso, para o aumento do crescimento económico.

Apesar de estar satisfeito com os índices da cooperação, João Lourenço manifestou ao primeiro-ministro chinês o interesse de Angola em manter e reforçar o intercâmbio entre os dois Estados, sublinhando que essa parceria estratégica poderá servir como uma espécie de paradigma para o intercâmbio com outros países africanos.

Na sua intervenção, o Chefe de Estado falou igualmente sobre a participação de Angola no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), decorrido de 03 a 04 de Setembro último, que representa “um sinal da importância mútua que se atribui à cooperação.

Os resultados da III Cimeira do FOCAC, disse, foram altamente apreciados por Angola e pelos países africanos no geral, sendo opinião comum que o modelo de cooperação adoptado pela China corresponde às necessidades de desenvolvimento do continente.

No entender de João Lourenço, esses resultados produzem ganhos tangíveis e efeitos directos na melhoria das condições de vida das populações africanas.

O Presidente da República, que termina a sua visita de Estado na quarta-feira, esteve já na Praça Celestial (Tianmen), onde depositou uma coroa de flores.

No período da tarde (manhã em Angola), concederá audiências a entidades empresariais chinesas e terá um encontro com o presidente da Assembleia Popular Nacional da República Popular da China, Li Zhanshu.

Ainda hoje, haverá negociações para a assinatura de quatro instrumentos jurídicos.

FacebookTwitterGoogle+