PR QUER ACÇÕES CONCRETAS EM PROL DO AMBIENTE

Presidente da República, João Lourenço

O Presidente da República, João Lourenço, apelou, neste sábado, a acções concretas em prol da defesa do meio ambiente.

“Chegamos a um momento em que já não basta falar. Não basta ter consciência (…). É preciso que se façam acções concretas, pequenas ou grandes”, expressou, por ocasião do acto de lançamento do projecto de reflorestamento de mangais, também designado “Carbono Azul”, em que participou.

Considerou que a acção, a que se fez presente, se for multiplicada, com certeza que terá o seu impacto na defesa do ambiente.

Na ocasião, o Chefe de Estado apontou o ser humano como principal responsável pelos danos que o meio ambiente tem estado a sofrer, adiantando ser “a acção do homem que levou à situação actual de secas, inundações, tufões, furacões, tsunamis e incêndios”.

João Lourenço sublinhou que todas essas calamidades que se vem constatando um pouco por todo o mundo são consequências “da irresponsabilidade do homem, não importa onde esteja”.

Na área dos Mangais, comuna dos Ramiros, município de Belas, em Luanda, João Lourenço disse não haver razões para conflitos entre a construção de infra-estruturas de lazer na orla marítima e a manutenção das zonas protegidas, no caso dos mangais.

O Titular do Poder Executivo afirmou, a propósito, que o país tem muita aéra para construir, pelo que as autoridades competentes devem instruir os investidores onde construir as infra-estruturas.

O Chefe de Estado reafirmou o empenho do Governo angolano na protecção ambiental.

Notou ser este um caminho a seguir, tendo adiantado que o projecto de replantação de mangais é um exemplo dessa aposta, numa parceria entre a Sonangol e a Associação Otchiva, virada para a protecção dos mangais.

“A Sonangol é uma empresa pública, representa os interesses do Estado e está a disponibilizar recursos (…) públicos em prol da defesa do clima e da defesa do ambiente”, exprimiu.

Reflorestamento de mangais

No quadro do projecto Carbono Azul, o Chefe de Estado e a primeira dama da República, Ana Dias Lourenço plantaram hoje cerca de 200 pés de mangais num perímetro de 200 metros na orla costeira da comuna dos Ramiros, distrito de Belas.

O projecto é uma iniciativa da Sonangol, em parceria com a organização Otchiva. Durante o lançamento as duas instituições assinaram um protocolo de cooperação.

Após o acto, o Presidente João Lourenço ofereceu duas viaturas de apoio à Associação Otchiva.

Sobre os mangais

Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que toleram água salgada. Geralmente, esses espaços estão localizados em áreas costeiras.

Da exploração correcta e eficiente desta espécie pode resultar, em particular, na produção de lenha, colecta de mariscos, produtos medicinais, estacas para habitação, madeira e produtos artesanais, suportando as economias rurais e o ecoturismo.

Os mangais são considerados “ecossistemas de carbono azul”, bem como ervas marinhas e pântanos de sal, porque são 10 vezes mais eficientes nz absorção e armanezamento de grandes quantidades de carbono, em comparação com ecossistemas terrestres.

Estimativas apontam para a existência de 50 hectares degradados de mangais em todo o território nacional, sendo que um hectare de mangais conservado é capaz de movimentar cerca de 57 mil dólares/ano.

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