Prémio incentiva criatividade literária – ministra da Cultura
O Prémio Literário Sagrada Esperança contribui para o incentivo à criatividade literária entre os autores nacionais, estimulando-os a serem melhores e aumentando a sua responsabilidade, afirmou, nesta terça-feira, em Luanda, a ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany Costa.
Discursando na cerimónia de entrega do Prémio ao vencedor da edição 2018, sublinhou que há 40 anos que o Prémio Literário Sagrada Esperança, instituído em homenagem ao Poeta António Agostinho Neto, tem reconhecido o mérito dos autores angolanos.
O prémio, segundo a ministra, tem promovido valores literários inerentes à produção do imaginário cultural das comunidades sócio-culturais e a identidade cultural angolana, contribuído também para a divulgação da literatura, sendo uma mais-valia para a melhoria da relação desta com a sociedade.
“É nisto que se cinge a importância da atribuição deste Prémio, apesar do momento que vivenciamos, momento difícil, cuja causa é por todos nós conhecida”, frisou.
Conforme Adjany Costa, o actual momento acarreta consigo muita dor e sofrimento para as famílias e desestrutura todo um funcionamento normal da sociedade.
Em relação a obra vencedora “A festa dos porcos”, texto de ficção de autoria de Francisco Neto, a ministra disse que leva a uma reflexão e a entendimento de determinados acontecimentos históricos ocorridos na década de 60.
Adjany Costa espera que este momento sirva para motivar os demais escritores angolanos a escreverem mais e a participarem dos concursos literários, sendo que todos sairão vencedores, pois a leitura ocupa o lugar da ignorância.
“Ao vencedor, os nossos parabéns, fazendo votos de que continue brindando os angolanos, e não só, com as suas obras, proporcionando-nos momentos de muito boa leitura e aquisição de novos saberes”, felicitou a ministra.
Historial do prémio e da obra
O prémio Sagrada Esperança é organizado em parceria com a Fundação Dr. António Agostinho Neto e o Banco Caixa Angola, que patrocina a iniciativa.
Ao vencedor cabe o prémio de 1.500.000 kwanzas, um diploma, um troféu e a edição da obra.
Constitui uma homenagem ao poeta António Agostinho Neto e é dirigido a autores angolanos, com ou sem obras publicadas.
A iniciativa visa promover o enriquecimento do universo simbólico e do imaginário da língua portuguesa, através do discurso literário, incentivar a criação literária entre os autores nacionais bem como assegurar o surgimento habitual e alargado de novas obras editadas.
De periodicidade anual, o concurso visa incentivar a criação literária entre os autores nacionais e o surgimento de mais obras editadas.
Criado em 1980 pelo Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD), agora convertido em Instituto Nacional de Indústrias Culturais (INIC), o Prémio foi ganho pela primeira vez pelo escritor Manuel Rui, com a novela “Quem Me Dera Ser Onda”.