Presidente aponta justiça eficiente como pilar do Estado Democrático

Presidente da República, João Lourenço, orienta cerimónia de abertura do Ano Judicial 2018

Presidente da República, João Lourenço, orienta cerimónia de abertura do Ano Judicial 2018

Abertura do ano judicial 2018 FOTO: JOAQUINA BENTO

Abertura do ano judicial 2018
FOTO: JOAQUINA BENTO

 

13 Março de 2018 | 14h22 – Actualizado em 13 Março de 2018 | 21h17

O Presidente da República, João Lourenço, defendeu nesta terça-feira, em Luanda, que só existe um verdadeiro estado democrático e de direito onde há um sistema de justiça eficiente e ao serviço dos cidadãos, das empresas e da sociedade.

Intervindo na abertura do Ano Judicial 2018, o Presidente frisou que “não basta vivermos no multipartidarismo, com a realização periódica de eleições, ou que haja liberdade de expressão e de imprensa”.

Segundo João Lourenço, só existe um verdadeiro estado democrático e de direito lá onde houver um sistema de justiça eficiente, ao serviço dos cidadãos, das empresas e da sociedade.

O Chefe de Estado referiu que, no decorrer deste ano, deverão prosseguir as acções destinadas ao incremento da igualdade perante a Lei e do acesso ao direito, aos tribunais, a consulta jurídica, ao patrocínio judiciário e a tutela jurisdicional.

Disse ainda que, para o presente ano judicial, projecta-se a consolidação da reforma da justiça e do direito, sobretudo no âmbito da nova organização e ordenamento dos tribunais de jurisdição comum, com a criação das condições para se inaugurarem, no próximo ano, tribunais de Relação de Luanda e Benguela.

No concernente a melhoria do ambiente de negócio, salientou estar prevista a instalação da sala de Comércio do Tribunal Provincial de Luanda e projecta-se a criação do quadro legal e regulamentar das insolvências, a massificação dos processos de registo predial, bem como a simplificação do processo de constituição de empresas.

O Presidente João Lourenço acredita que, com a nova dinâmica que estão a tomar, os Serviços de Investigação Criminal (SIC) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), os tribunais, no geral, e o Tribunal Supremo, em particular, não pouparão esforços para dar vazão aos inúmeros processos.

Em termos de estratégias para o sector, referiu que urge pôr em funcionamento os cinco tribunais de relação e os tribunais de comarca, bem como fazer a capacitação dos funcionários de justiça e administrativos.

De igual modo, formar e contratar novos magistrados e continuar os esforços de ajustamento das condições salariais dos magistrados, dos oficiais de justiça e dos técnicos administrativos.

Para tal, acrescentou o estadista, “é preciso, em colaboração com o Ministério das Finanças, alargar a base da arrecadação das receitas do Cofre Geral de Justiça e organizar a sua gestão, conferindo-lhe maior rigor e transparência na gestão e arrecadação de receitas, bem como a informatização dos sistemas de gestão e funcionamento do sector da justiça”.

Acrescentou ainda que, no domínio das infra-estruturas, está garantida pelo Estado a cedência de instalações para a PGR e o Tribunal da Relação de Luanda, assim como residências de missões para os juízes dos tribunais superiores.

Está igualmente projectada a reabilitação da infra-estrutura que vai albergar a futura sede do Tribunal de Relação de Benguela, bem como a conclusão de alguns edifícios destinados à instalação dos Tribunais de Comarca.

Neste sentido, o Presidente da República julga estarem a ser criadas as condições para que este ano judicial decorra com a maior normalidade.

A cerimónia, que teve lugar no Palácio da Justiça, decorreu sob o lema “Pela dignificação do poder Judicial e por uma justiça independente, imparcial e célere” e contou com as presenças do Presidente do Tribunal Supremo, Rui Ferreira, do Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Grós, do Bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Marque, entre outras entidades.

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