Primeira-Dama desenvolve actividades no Tarrafal
A Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, que acompanha o Chefe de Estado na visita oficial de 48 horas a Cabo Verde, deslocou-se ao Tarrafal, na companhia da homóloga cabo-verdiana, Débora Carvalho, onde visitou algumas instituições locais, com destaque para o Centro de Concentração do Tarrafal, hoje Museu da Resistência.
No termo da jornada, a Primeira-Dama da República disse que o contacto com a primeira instituição permitiu abrir caminho para se ver como coisas simples podem ser feitas sem muito custo de início, basta haver apenas a boa vontade, dedicação e o amor pelas coisas.
No Centro de Concentração do Tarrafal, Ana Dias Lourenço foi informada sobre os sacrifícios que os nacionalistas de Angola, de Cabo-Verde e da Guiné-Bissau passaram aí, durante o período colonial, para a conquista das independências dos respectivos países.
Na ocasião, a Primeira-Dama de Cabo Verde, Débora Carvalho, manifestou o interesse de contar com o apoio de Angola na luta contra a pobreza de mulheres cabo-verdianas.
Tarrafal foi uma colónia penal portuguesa na ilha de Santiago, em Cabo Verde, inaugurada em 1936 e encerrada em 1949. Foi reaberta, durante pouco tempo, nos anos 50, sendo reactivada na década de 60 para presos ligados a movimentos anticolonialistas e anti-fascistas. Pelo terror que inspirou, tornou-se um dos símbolos do sistema judicial do Estado Novo.
Era uma das muitas prisões políticas de que o regime se servia para efectivar as suas medidas de repressão, apoiado na polícia política (PIDE). Naquele campo prisional, os detidos eram submetidos a torturas psicológicas e físicas, que podiam levar inclusivamente à morte.