Produção de café cresce no Uíge
A produção de café no Uíge subiu de 200 toneladas, nos anos anteriores a 2002, para nove mil no ano passado, em resultado do aumento do número de fazendas em exploração e de iniciativas institucionais, disse o chefe do Departamento Provincial do Instituto Nacional do Café (INCA).
Vasco Gonçalves revelou, na sexta-feira, numa conferência sobre o café, no quinto Fórum de Oportunidades de Negócios e Investimentos do Uíge, que em 2014, a produção foi de três mil toneladas de café comercial e seis mil toneladas de mabuba.
O chefe do Departamento do Instituto Nacional do Café no Uíge atribuiu o crescimento do sector às novas políticas do Estado, que colocam nos municípios brigadas técnicas para orientar os produtores e melhorar a distribuição de novos cafeeiros, criados nos viveiros do Instituto. “O processo de recuperação da produção do café é gradual, porque depende dos fazendeiros, da melhoria das vias de acesso para a o seu escoamento e do financiamento para os cafeicultores absorverem e modernizarem as técnicas de trabalho”, disse Vasco Gonçalves.
O responsável do Instituto Nacional do Café no Uíge considerou que o preço do café em Angola é baixo e defendeu um reajustamento devido à desvalorização do kwanza, para os produtores terem capacidade de suportar os custos.
Com a Conferência, foi aberta na sexta-feira a Campanha Nacional de Colheita do Café e criado o Conselho do Produtores e Comerciantes de Café e Dendém (CAFANG).
Criação de peixe
No Fórum, o chefe do Departamento de Pesca Continental e Aquacultura da Direcção Provincial da Agricultura e Pescas anunciou uma produção mensal de 14,668 toneladas de peixe no projecto de Kibokolo, no município do Uíge, onde existem 30 tanques com mais de 25 mil peixes cada.
Nsuka Ndongala afirmou que decorrem esforços para a gestão e monitorização do projecto, como a construção de um edifício para o Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e Aquacultura, um serviço que tem por missão controlar as actividades na região.
Vai ser construída uma estação de aquacultura para apoiar os criadores de peixe nos seus projectos, dois dos quais são de grandes dimensões e começam a funcionar no próximo ano, informou Nsuka Ndongala. Até agora foram povoados 214 tanques onde são criados peixes do tipo Tilápia e Bagre. “Existem 40 tanques que aguardam o povoamento e estão em análise sete novos projectos de grandes dimensões que comportam laboratórios, sistemas de conservação e comercialização e fábricas de ração”, disse o responsável.