PRODUÇÃO PETROLÍFERA DE ANGOLA CHEGA A 1,3 MILHÕES EM 2021

Plataforma de Petróleo Foto: ANGOP

Plataforma de Petróleo
Foto: ANGOP

A quota de produção petrolífera de Angola passará de 1 milhão e 249 mil barris de petróleo por dia para 1 milhão 267 mil barris em Janeiro de 2021, podendo atingir 1 milhões 319 mil barris por dia no final do ano.

Esta informação foi revelada hoje pelo secretário de Estado dos Petróleos, José Alexandre Barroso,  considerando que este ajuste não põe em causa o volume de produção inscrito no OGE 2021, ou seja 1 milhões 220 mil barris, inferior em cerca de 47 mil barris por dia.

Ao discursar na abertura do Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e Gás, em representação do titular da pasta, Diamantino Azevedo, explicou que os os dados fazem parte da quota de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo  (OPEP) para a Angola.

De acordo com o responsavel, os dados apresentados confirmam claramente que os níveis de produção de Angola não estão condicionados pelo volume de produção fixado pela OPEP, mas sim pelo declínio natural dos campos, suspensão da actividade de sondagem em 2020, motivada pela pandemia da covid-19 e pela ausência de investimentos na exploração em geral.

Por outro lado, faz saber que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás tem participado nas actividades da OPEP com o principal objectivo de partilhar do esforço tendente a estabilização do mercado internacional de petróleo.

Em virtude do surgimento da pandemia da covid-19, em 2020, continuou, assistiu-se a uma queda drástica da procura de petróleo no mercado e consequentemente a baixa dos preços à um nível muito inferior, em relação aos anos precedentes.

Fez saber que para inverter a tendência decrescente dos preços, a OPEP reuniu-se com os países produtores não membros, ao 12 de Abril de 2020, e decidiu baixar a produção média diária em 9,7 milhões de barris até Dezembro de 2020.

 José Alexandre Barroso disse que tendo em conta as perspectivas de crescimento da economia mundial e do aumento da procura em 2021, ano em que Angola assumirá a presidência rotativa da organização, a OPEP reafirmou a reposição gradual, em 2021, de dois milhões de barris de petróleo por dia, com aumentos mensais não superiores a 500 mil barris de petróleo por dia, a partir de Janeiro.

Aposta no sector Mineiro

Para conferir melhores condições ao sector mineiro, foi inaugurada, em Luanda, a nova sede do Instituto Geológico de Angola (IGEO) e o seu laboratório central para o tratamento laboratorial de todos os tipos de amostras de recursos minerais e petrolíferos essencialmente, mas também, para o tratamento e análise de amostras para outros sectores como a agricultura, construção civil, dentre outros.

O secretário de Estado adiantou que está em curso, na província da Lunda Sul, a construção do pólo de desenvolvimento diamantífero de Saurimo, que contará com a instalação de fábricas de lapidação de diamantes e dois centros de formação especializada em mineração, avaliação e lapidação de diamantes.

De igual modo, acrescentou, que o ministério perspectiva ainda nesta legislação iniciar com as obras de um Pólo logístico no Dundo, província da Lunda-Norte.

Realçou que o Executivo augura que este Pólo Logísitico seja o embrião de uma futura indústria periférica à indústria extractiva que vai dar todo o suporte quer em termos de produtos de agro-indústria e insumos necessários à indústria mineira.

Com este desiderato,  adiantou, o Executivo está a criar as bases para uma maior rentabilidade do produto principal da região – o diamante, baixando os seus custos de produção e vai propiciar a geração de oportunidades de emprego para os jovens.

O gestor referiu que fruto das medidas para o fomento da atractividade do sector mineiro nacional, grandes e médias empresas internacionais têm demonstrado o seu interesse em investir em Angola.

Adiantou que foram assinados vários contratos de investimento mineiro, sendo de destacar com a empresa multi-nacional angloamericana para prospecção e exploração de prata, cobre, níquel e platina nas províncias do Cunene e do Moxico, bem como o assinado com a empresa tosyali destinado à reactivação do projecto mineiro de Kassinga e a construção de uma siderurgia no Namibe.

Este ano também é marcado pela exportação do primeiro lote de ouro produzido em Chipindo, província da Huila, e Samboto, província do Huambo, um acto simbólico que se espera catapultar o país para a lista dos importantes produtores de ouro, criando conjuntamente com o diamante, a base para uma próspera indústria de joalharia, fechando assim o ciclo dos minerais que vai da prospecção, passando por várias etapas, para a transformação e manufactura, agregando valor aos mesmos.

Para além destes projectos de exploração de ouro, continuou, existem também 18 projectos em prospecção, nas províncias de Cabinda, Bengo, Huambo e Huíla.

Salientou o arranque previsto para 2021 dos projectos de terras raras do Longonjo, província do Huambo, e em Quilengues, província da Huíla.

Em seu entender, a actividade de prospecção mineira está a desenvolver-se em várias partes do nosso país com algum sucesso, apesar das limitações impostas pela actual situação sanitária.

“Temos projectos de prospecção de terras raras da empresa Coola Mining Limited que abrange as províncias do Huambo, Benguela e Cuanza Sul e o projecto nas províncias de Benguela, Namibe e Huíla”, reforçou.

O responsável diz que estão em prospecção quinze (15) projectos de cobre, nas províncias do Uíje, Cuando Cubango, cuanza sul, existindo também dois (2) projectos de manganês em prospecção no Cuanza Norte.

Para além do projecto de ferro da Tosyali em Cassinga, existem dois (2) projectos de prospecção na província do Cuando Cubango e também dois projectos de prospecção de lítio na província do Namibe.

Exploração de rochas ornamentais 

Os projectos de exploração de rochas ornamentais constituem a segunda maior fonte de receitas do subsector mineiro, logo após os diamantes, Com exploração predominante nas províncias do Zaire, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Benguela, Huambo, Namibe, Huíla, Cunene e Namibe.

Pela sua importância,  reiterou, o Mirempet montou um laboratório de análises na província da Huíla e está a desenvolver contactos com outros ministérios com o objectivo de reduzir os constrangimentos, para melhorar a competitividade das rochas ornamentais angolanas nos mercados internacionais.

Referindo-se à bolsa de diamantes, disse que esperam começar um novo ciclo que se consubstancia em transparência, confiança e rigor para a venda do diamante, o suporte necessário para as operações de prospecção e exploração, bem como a fiabilidade e atractividade necessárias propensas para o investimento privado.

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