Rebelo de Sousa quer relações frutíferas para os dois povos

LISBOA: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO (À ESQ.) COM O HOMÓLOGO DE PORTUGAL, MARCELO REBELO DE SOUSA  FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

LISBOA: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO (À ESQ.) COM O HOMÓLOGO DE PORTUGAL, MARCELO REBELO DE SOUSA
FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

23 Novembro de 2018 | 11h26 – Actualizado em 23 Novembro de 2018 | 13h14

Rebelo de Sousa quer relações frutíferas para os dois povos

Lisboa (dos enviados especiais) – O presidente Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que os mais de 12 acordos a serem celebrados, hoje, por delegações de Angola e Portugal sirvam as necessidades concretas dos povos angolano e português.

Ao lembrar que os políticos servem os estados para servirem os povos, afirmou ser bom que o empenho na construção do atractivo ambiente empresarial e na diversificação e descentralização económica reforcem as legítimas expectativas dos povos dos dois países.

Rebelo de Sousa, que discursava no final de um encontro com o Presidente de Angola, no Palácio de Belém, manifestou a convicção que Angola e Portugal não vão desperdiçar esta oportunidade na normalização das suas relações.

O Chefe de Estado Português constatou haver um novo ciclo nas relações entre os dois povos e apelou-os a relacionarem-se menos por ideologias, preconceitos, lastros do passado e mais por um sensato realismo de sonharem com um melhor futuro.

Para Rebelo de Sousa, agora, “ultrapassadas recriminações, suspeições, incompreensões, umas muito antigas e outras mais recentes”, tornou-se mais fácil encontrar caminhos que se completam com Portugal

O Presidente luso considerou um intervalo longo de mais nas visitas recíprocas de chefes de estado de Portugal e de Angola, pelo que elogiou João Lourenço pela sua capacidade de estabelecer pontes de mútuo benefício.

Disse ver no Presidente angolano qualidades de mudança para renovação geracional, revisão de métodos, equilíbrios financeiros, diversificação e crescimento económico, afirmação do estado de direito, combate à corrupção e projecção de futuro de Angola como potência regional no mundo.

O Presidente João Lourenço efectua desde o dia 22 uma visita de Estado a Portugal que o leva hoje ao Porto, onde participa num fórum empresarial e recebe a chave da cidade.

Na quinta-feira, João Lourenço deslocou-se ao Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), nos arredores de Lisboa, esteve na Praça do Império, visitou o Mosteiro dos Jerónimos, monumento nacional português, e homenageou Luís Vaz de Camões, um dos maiores “símbolos” de Portugal.

O estadista angolano reuniu-se com o seu homólogo português que o condecorou com o Grande Colar da Ordem Dom Infante Henrique, discursou na Assembleia da República e tornou-se “distinto” citadino de Lisboa ao receber a chave da cidade pelo presidente da Câmara Fernando Medina.

Desde a independência, em 1975, João Lourenço é o terceiro presidente de Angola e o segundo a visitar Portugal.

A anterior visita de um Chefe de Estado angolano ocorreu em Março de 2009 pelo Presidente José Eduardo dos Santos.

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