Reforçadas medidas de vigilância epidemiológica na fronteira com a RDC
23 Maio de 2018 | 17h41 – Actualizado em 23 Maio de 2018 | 17h41
Catorze técnicos de saúde no município do Soyo, província do Zaire, foram já destacados ao longo da fronteira que delimita a localidade com a região de Mwanda (RDC) no sentido de evitar um eventual alastramento, no território nacional, do surto da ébola que assola o país vizinho.
A informação foi prestada hoje à Angop, nesta cidade, pelo director municipal da saúde, Pedro Lussukamo, sublinhando que os técnicos de saúde e demais parceiros do sector intensificaram as medidas de vigilância epidemiológica nos portos e aeroporto locais.
Precisou que os profissionais de saúde, munidos de equipamentos possíveis, estão destacados nos postos de Kimbumba, na sede municipal, e nos das comunas de Sumba e Pedra de feitiço.
“Estamos atentos à situação prevalecente no país vizinho, daí a prontidão para responder à qualquer eventualidade”, vincou.
De acordo com o responsável, o sector no município manteve, há dias, encontro com todos os técnicos de saúde que labutam em unidades públicas e privadas, durante o qual foram baixadas recomendações no sentido de se redobrar as acções de divulgação da informação sobre esta doença junto das comunidades.
Ainda neste encontro em que participaram também profissionais de saúde ligados à Polícia de Guarda Fronteiras de Angola (PGFA) e Marinha de Guerra Angolana (MGA), segundo a fonte, recomendou-se, de igual modo, o controlo eficaz e registo de eventuais casos suspeitos a nível das ilhas habitáveis existentes ao longo do canal fluvial do rio Zaire.
“Contamos com a colaboração das autoridades tradicionais, dos coordenadores de bairros, das igrejas na divulgação das medidas a tomar para lidar com eventuais casos suspeitos, até que cheguem ao conhecimento das autoridades sanitárias competentes”, enfatizou.
Explicou que, numa primeira fase, a aposta está direccionada na divulgação da informação sobre a ébola ao nível das comunidades, enquanto se aguarda por material sanitário como termómetros e equipamentos de biossegurança.
Dados oficiais apontam para a morte de 28 pessoas na RDC em consequência da febre hemorrágica que ressurgiu neste país em Abril último.