Relação económica cubana é bem acolhida em Angola

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

A cooperação entre Angola e Cuba continua a ser desenvolvida apesar dos efeitos da crise económica e financeira mundial, afirmou ontem em Luanda o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República.

Edeltrudes Costa deu a garantia no final das conversações entre delegações dos dois países realizadas no âmbito do programa da visita oficial de quatro dias a Angola iniciada precisamente ontem pelo Vice-Presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Ricardo Cabrizas Ruíz. O ministro de Estado declarou que da parte do Executivo há vontade política que a cooperação com Cuba se consolide .
“Continuamos a ter condições para a cooperação com Cuba ser cada vez melhor, na medida em que incide sobre sectores fundamentais para a economia angolana”, disse e sublinhou: “estamos a falar dos sectores dos Transportes, Energia e Águas e Construção, além dos já tradicionais, a Saúde e Educação, nos quais a cooperação dos nossos companheiros cubanos é visível e dispensa comentários adicionais”.
O chefe da Casa Civil do Presidente da República considerou  “satisfatória a reunião”, realizada na sede da diplomacia angolana, que serviu para passar em revista aspectos da cooperação bilateral “e pensar nos próximos passos”.
O Vice-Presidente do Conselho de Ministros de Cuba referiu que, tal como Angola, o seu país está interessado “em ver cada vez mais reforçada a cooperação bilateral”. Os  dois Estados estão comprometidos num esforço importante para o reforço da cooperação e “isto é visto a partir de todos os sectores de cooperação que temos estabelecidos nos últimos tempos”, disse Ricardo Cabrizas.
O dirigente cubano realçou que, “apesar dos efeitos da crise económica, os dois países vão continuar a cooperar, pois estão habituados a enfrentar grandes desafios”.
Ricardo Cabrizas disse que os efeitos da crise no seu país limitam “o acesso aos mercados e a financiamentos” e em Angola “a queda dos preços do petróleo provocou impacto na economia que também se repercute” nas relações com Cuba. “O mais importante é a vontade de continuarmos em frente, pois dificuldades maiores já ultrapassamos em conjunto e agora não é excepção”, acentuou, destacando que “na reunião foram identificadas dificuldades vividas nos dois países, mas há vontade de se continuar a cooperar”.
O Vice-Presidente do Conselho de Ministros de Cuba tem hoje um encontro com o ministro da Defesa Nacional, João Lourenço. Por confirmar estão o encontro com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Geraldo Sachipengo Nunda, e outro com o vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida. Amanhã tem uma reunião com o presidente do conselho de administração da Sonangol, Francisco de Lemos .
A delegação angolana nas conversações, chefiada pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, integrou ainda o secretário do Presidente para as Relações Internacionais, Carlos Alberto da Fonseca, e os ministros da Educação, Pinda Simão, da Energia e Águas, João Baptista Borges, e da Saúde, José Van-Dúnem.

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