O Ministério da Saúde (MINSA) enalteceu, este sábado, a Declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global.

A afirmação foi expressa pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Pinto de Sousa, durante uma conferência de imprensa em reacção ao comunicado de sexta-feira da OMS.

Carlos Pinto de Sousa sublinhou que o fim da Covid-19 como doença de emergência é uma vitória também da comunidade científica e da população que consentiu inúmeros sacrifícios devido as restrições, isolamento que provocou graves problemas de ansiedade e depressão, para além das consequências socioeconómicas sem precedentes na historia das comunidades.

O secretário de Estado lembra que foi um árduo caminho cheio de desafios e sucessos, desde a notificação dos dois primeiros casos a 21 de Março de 2020 aos 105.669 casos e 1.936 óbitos registados até adia 5 de Maio deste ano.

“O país experimentou quatro grandes vagas, provocadas pelas variantes de preocupação mundial nomeadamente: Alfa, Beta, Gama  Delta e Ómicron”, apontou.

Conforme o responsável, o sistema de saúde nacional suportou a pressão da demanda, sem nunca colapsar, garantindo a continuidade da prestação dos serviços de saúde à população.

Frisou que a 2 de Março de 2021, Angola iniciou a implementação do Plano de Vacinação, crucial para a gestão considerada de sucesso da pandemia, no que ao número de casos graves e óbitos diz respeito.

Em função deste histórico, referiu que o Ministério da Saúde toma boa nota dos alertas do Director Geral da OMS em relação à cautela e prudência no tratamento desta informação.

Medidas de prevenção mantêm-se

Face à melhoria da situação epidemiológica do país e no quadro do seu Plano de Contingência e Resposta à Covid-19, Carlos Pinto de Sousa disse que o processo da transição de emergência para a fase de controlo da doença já está em curso, consubstanciando-se, entre outras, na integração da vacinação de rotina.

O plano realça que toda população maior de 12 anos deve ter pelo menos duas doses.

O reforço da Vigilância Epidemiológica, adiantou, significa a testagem de casos suspeitos, contacto, notificação obrigatória de todos os casos positivos e dos óbitos e apresentação do Certificado de Vacina à entrada ou saída do país ou, na sua falta, o teste negativo da Covid-19.